
Foi um jogo que navegou por mares antigos, anunciando o novo que por aí vem. Quem não se reencontrou com os melhores momentos das antigas Copas do Mundo, em que as duas equipes lutavam pra ganhar e os gols jorravam naturalmente, em cascatas? E quem não vislumbra nesse jogo os sinais de mudanças que se anunciam: a despedida melancólica do excepcional craque Messi dos próximos mundiais e o nascimento de um astro fulgurante na figura sempre risonha, um sorriso entre malicioso e infantil, desse menino Mbappé, autor de dois gols na vitória da França sobre a Argentina por 4 a 3?
Não só isso. Mbappé infernizou a defesa argentina com suas prodigiosas arrancadas em direção à meta adversária. Já na primeira, sofreu pênalti, que Griezmann converteu, logo aos 10 minutos.
Foi o bastante para despertar a alma pampera dos hermanos que saíram em campo aberto para virar o placar, com um golaço de Di Maria de fora da área, e, já no início do segundo tempo, com Mercado desviando na área tiro de Messi da direita.
Esse foi o sinal para que tocassem no peito dos bleus os primeiros acordes da Marselhesa. E, logo aos 10 minutos, Pavard acertou aquele petardo cheio de veneno, empatando o jogo, para, novamente, Mbappé, em seguida, infiltrar-se aos dribles entre os zagueiros e concluir a revirada com um disparo cruzado.
Foi quando Sampaoli, finalmente, resolveu colocar Aguero em campo. Mas, lá já estava Mbappé pra garantir a passagem da França à fase seguinte, finalizando uma troca de bola vertiginosa e exata desde lá de trás começando com Umtiti e terminando com o toque de Giroud para o menino-artilheiro.
O suspense não acabou aí, não, pois Messi teve a chance reduzir, mas chutou nas mãos de Lloris, e Aguero, aos 47 minutos, aproveitou, de cabeça, preciso passe pelo alto de Messi: 4 a 3!
O encerramento só se deu mesmo quando Griezmann, intervindo na entrevista da tv francesa com Mbappé, classificação assegurada, disparou: Vive la France! Vive la République.
Viva! e Que reviva daqui até o fim dos tempos esse verdadeiro futebol.
E Messi, mais uma vez, com aquele gostinho de jiló na garganta de não ter vencido nenhuma Copa do Mundo. É ótimo jogador, mas não é tudo isso. É mais midiático, que craque… Pode ganhar ,il taças de melhor jogador, mas craque, craque mesmo, daqueles bons, tem de ter ao menos uma Copa do Mundo.
Eta joguinho bom! Bola lâ e cá a todo instante, esse é o verdadeiro futebol que nós sempre desejamos ver . Os Francesinhos deu baile nos hermanos, ao som da fina e sedutora melodia la marselhesa de Django Reinhardt, o pai do jazz europeu.
PS: O artigo tá um brinco, ó!
Alberto Helena Jr.
Perfeitos texto e comentário, pintou a equipe adversária para a final da Copa, que mesmo não sendo o último jogo colocará em campo os dois melhores times, na minha opinião, do torneio até agora, se este jogo França contra os hermanos do Messi e Mascherano foi bom, vocês verão como será França x Bélgica, o tal do número 10 da França joga muita bola, se é assim aos 19 anos imagine na próxima Copa, o Verdão deveria contratar este cara, será que eles vendem ? Brincadeirinha….mais fácil eles comprarem o time inteiro do Verdão, lá tem petro euros ou petro dolares, aí é sacanagem né, não dá para competir. Saudações palmeirenses.