Sábado de futebol. Aleluia!

(Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
(Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Domingo não tem futebol aqui. Domingo é dia de você, meu amigo, minha amiga, esmerar o chute, pelo menos uma vez, e acertar nas urnas pra que todas saíamos de campo vencedores.

Mas, no sábado, a bola rola pra valer no Brasileirão, embora o líder Palmeiras só jogue na segunda, contra o Santa Cruz.

E o Verdão entra em campo pressionado (ou não) pelo resultado do seu mais fiel perseguidor, o Flamengo, que pega o São Paulo no sábado, no Morumbi.

Como se trata de um clássico nacional, o imprevisível flutua sobre o Morumbi. Mas, venhamos cá, o Flamengo é muito mais time do que o São Paulo nesta quadra da vida de ambos. Sem falar na fé rubro-negra. Basta ver a recepção que teve o Mengo de sua torcida no embarque pra São Paulo nesta sexta-feira, apesar da desclassificação na Sul-Americana diante do modesto Palestino na véspera.

Pena, para o vice-líder, que sua torcida não estará presente naquele espaço vazio no estádio imposto pela tribunal.

Mas, a presença, talvez maciça, de tricolores sequer venha a ser um apoio incondicional ao São Paulo, que luta pra evitar o rebaixamento nestas alturas do campeonato. E cujo time sequer dá mostras de que poderá fazer algo mais do que lutar por um empatezinho honroso, enquanto sua diretoria tenta de desembaraçar de mais um imbroglio envolvendo seu vice-presidente.

Enquanto isso, o Santos, rei na Vila, busca evitar o pior: ser superado na tabela pelo Furacão, um dos piores visitantes da competição. É bem possível, pois tem time pra isso. Pior ainda, em caso de derrota do Peixe é ver o Fluminense, que recebe em casa o Sport, ultrapassá-lo na tábua de classificação.

Mais difícil é a tarefa do Galo, que, se não corre o risco de perder a terceira posição nesta rodada, pode se distanciar demais dos líderes, caso perca para a Ponte, no Majestoso, o que não é nada impossível, desde que a Macaca cumpre digna participação no Brasileirão, sobretudo em casa.

Por fim, o Timão terá dura prova no Luso Brasileiro diante de um Botafogo em ascensão. Em caso de vitória, o Glorioso poderá alcançar o Timão, que cairá ainda mais no caso de o Grêmio passar pelo Cruzeiro, outro grande em perigo de rebaixamento.

E ainda há quem diga que campeonato em pontos corridos, lá e cá, não reserva emoções.

NA LINHA DO GOL

Meu forte e solidário abraço ao amigo Trajaninho, que acaba de ser demitido da Espn, depois de ter conduzido aquela emissora ao topo durante cerca de dezessete anos. Um dos últimos autênticos jornalistas – aqueles que dedilharam as máquinas de escrever (hoje, computadores), fechou edições, elaborou títulos, chamadas, produziu pautas inteligentes, orientou repórteres nas longas noites das redações -, e que, depois, foi para a televisão, e ali implantou seus refinados conceitos sobre jornalismo de fato, informativo, formativo e liberto. Sei bem que são tempos difíceis para profissionais desse calibre, num ambiente mediocrizado pela incompetência e pelas restrições de toda ordem, sobretudo a de livre pensar e de se exprimir, mas sempre há uma luz no fim do túnel. E espero, assim, revê-lo logo, logo, em ação.

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