
Ai, ai, ai, ai, ai, prepare-se o amigo pra ouvir aquela velha cantilena dos pragmáticos de plantão, cuja única estrofe é a de que o melhor ataque é a defesa.
O Bayern martelou o Atlético de Madri durante 180 minutos, mais os quebrados dos acréscimos. Perdeu o jogo de ida por 1 a 0, num dos raríssimos ataques dos colchoneros. E, nesta terça, no jogo da volta, em Munique, repetiu a dose e venceu por apenas 2 a 1, graças às providenciais e muitas defesas do goleiro Oblak e ao pênalti desperdiçado por Muller, lance que redobrou a ênfase defensiva do Atlético e abalou por alguns minutos os bávaros. (Sim, o Atlético também desperdiçou com Torres um pênalti que não foi pênalti, diga-se, pois a falta praticada por Martinez aconteceu a um passo da área).
E, no único contragolpe certo, Griezman, sempre ele, em passe exato de Torres empatou o jogo que o Bayern vencia com aquela falta cobrada por Xabi Alonso e venceria com o gol de cabeça de Lewandowiski.
O amigo retrucará que defender também é uma arte, e o Atlético sabe como nenhum outro defender-se. Concordo, desde que essa escolha esteja combinada com um mínimo de ação ofensiva. Mas, só se defender não é arte, é esperteza, prima distante da inteligência e do engenho.
O fato é que o Atlético de Simeone segue rumo à decisão da Liga dos Campeões, cujo adversário final será decidido nesta quarta entre Real Madrid e Manchester City, o que sugere um tira-teima entre espanhóis, só pra coroar os súditos do rei.
Mas, futebol não é ciência, é jogo, com todas aquelas franjas tecidas pelo acaso em seu redor.
Se fosse ciência, tenha certeza meu amigo, a final seria outra bem diferente: Barça e Bayern.
O fato Helena ,é que jogo se faz tambem com competencia e este time do Atletico é excelente ,na arte de defender ou não deixar o adversario jogar. Quando vai ao ataque ,faz com precisão e utiliza bem seus lances ofensivos. Quanto ao Bayern ,grande time ,mas ficou engessado na marcação.