
-Bem-vindo à história – clamou um torcedor do Leicester aos microfones do repórter Castelo Branco, da Espn, que cobria a festa dos azuis num pub da pequena cidade britânica, ao fim do empate por 2 a 2 entre Tottenham e Chelsea.
Na verdade, o torcedor do Leicester estava celebrando a ruptura, o ponto fora da curva da história, onde o pequeno time de seu coração esperava para dar o bote em todas as tradições inglesas desde que o futebol lá foi inventado. Foi, sem dúvida, uma conquista memorável do Leicester no campeonato mais disputado no planeta. Com todos os méritos.
Mas, me referi à curva – se preferirem, a esquina da vida, em bom brasileirês -, pois, ao contrário do que muitos imaginam, a história não corre em linha reta. Mas, sim, como uma teia de acontecimentos conectados entre si.
Nesse caso, sem dúvida, o feito do Leicester se deve muito à sua própria performance ao longo da temporada. Mas, muito mais à queda vertiginosa dos tradicionais candidatos ao título. Se o Leicester saiu da rabeira, quase caindo para a Segundona, no ano passado, pra levantar o título neste, o Chelsea, campeão, time estrelado e tal e cousa e lousa e maripousa, passou o tempo todo procurando escapar do vexame da queda. Sem nenhuma razão plausível, a não ser a figura tão festejada do treinador Mourinho.
E que dizer dos dois de Manchester? Acrescente-se aí esse fenômeno inexplicável do Arsenal, dono de um timaço, que pratica um futebol mais próximo do de Bayern e Barça, que, a cada momento de disparar, refluiu de forma abjeta?
Tanto isso é mais verdade, que o título ficou pendente nesta tarde de segunda-feira, quando bastava ao Tottenham vencer o Chelsea para seguir na briga. Pois, o Tottenham chegou a fazer 2 a 0 no primeiro tempo para ceder o empate no segundo, depois da entrada óbvia de Hazard no lugar de Pedro.
Salve, pois, o Leicester, por pequeno e brioso campeão. Mas, lastime-se o fato de que o futebol por ele apresentado ao longo da temporada não foi além daquele convencional sistema de contragolpe, com três jogadores inspirados, como Albrighton, na armação e chegada, Mahrez, o craque, e Vardy, um goleador emérito que surge para o futebol mundial beirando os trinta anos de idade.
Exatamente o oposto do nosso Audax, se por acaso alguém aí estiver fazendo alguma comparação.
É, também por isso, que gosto dos estaduais, principalmente o paulista, independente da forma de disputa, pois oferece espaço para os pequenos aparecerem. O acontecido com o Leicester é quase um milagre, já com o Audax é mais comum. Neste paulista tivemos o aparecimento da Ferroviária, que depois sumiu, depois surgiram RBR, São Bernardo, São Bento e finalmente o Audax. Sabe quando esses clubes teriam condição de aparecer sem o Paulista??? Agora terão seus times desfeitos por falta de calendário. Isso não é culpa do Paulista, mas do calendário. Não vamos matar o Paulista, vamos resolver o problema do calendário………
Perfeito sua colocação Odair,se faz necessario adequar o calendario do futebol no Brasil
O Audax é o novo velho Mogi Morim, o carrossel caipira dos anos 90. Seu brilho é passageiro.
O AMIGO DA ONÇA: Criação Imortal de Péricles.
Ganso: Oh professor! O senhor não me confirmou no time?
Dunga: Não meu filho, eu só pedi para você ir ao alfaiate!
Ih ih ih ih!
O grande feito do time britanico Leicester realmente é muito dificil de acontecer porque são 38 jogos e contra times grandes com grande investimentos e grandes jogadores.Mas fez um grande bem ao futebol mundial trouxe esperança , inspiração e motivação aos pequenos pelo mundo do futebol .