
O ministro dos Esportes preferiu trocar o PRB pelo PROS só pra continuar à frente da pasta que lhe caiu no colo de repente outro dia, embora no seu discurso de posse confessasse que nada entendia de esportes, mas que, como era esperto, aprenderia logo.
Bem, um doce pra quem decifrar essas duas siglas partidárias, assim, ó, de cara, sem recorrer ao Google. E um caminhão de jujubas pra quem souber quais são os programas desses partidos, suas ideologias, sua razão de ser, enfim. Ao menos, que parcela da sociedade brasileira representam de fato?
É nesse mosaico de siglas e interesses que a democracia brasileira se fragmenta, forçando os governos a tecer uma teia de acordos indispensáveis para governar, onde o troca-troca avança pelas sombras do poder. E há ainda quem queira substituir o presidencialismo pelo parlamentarismo. Isto é: transferir todo o poder a esse Parlamento que aí está.
Que diferença faz ao ministro Hilton pertencer a este ou àquele partido, sem estofo ideológico, sem história, sem compromissos maiores e bem definidos? Mais importante pra ele, suponho, é manter-se no cargo para distribuir medalhas durante as competições das Olimpíadas no Rio, e controlar, com extrema austeridade, imagino, as verbas para a grande competição.
Ao mesmo tempo, me comove essa demonstração de lúcida consciência social da classe média verde-amarela que desfila pela Paulista e outras áreas do país, fruto de seu cuidadoso exame da realidade nacional, colhida em extensas e profundas leituras e fina capacidade de observação, além de um senso de solidariedade incomum, embora desconfie que esse justo ardor contra a corrupção dos poderosos começará a se arrefecer, caso a Lava Jato resolva, progressivamente, descer os degraus.
Assim como me comove a fidelidade dos partidários do governo, juntando-se à generosa preocupação das elites (empresários, políticos e funcionários graduados) com a abissal diferença econômica e social entre os que detêm tudo e os que não têm nada, a imensa maioria dos brasileiros, diga-se.
Esta, o povão, não tem muito tempo pra passear, pois gasta-o buscando emprego ou tentando catar os restos de carne que ainda sobraram no seu prato.
Pra frente, Brasil!
A classe média e média alta no Brasil é formada na sua maioria por iletrados com graduação na Universidade Zuckemberg e especialização e doutorado obtida por intensos estudos e pesquisas no Google. o Caso abaixo ilustra bem essa turma.
Um amigo contou-me que um estudante prestes a entrar na Universidade estava fazendo um exame oral com o seu professor de física que fez várias perguntas, e ele coitado, não respondeu uma sequer. Triste e chateado com a provável reprovação do aluno, o professor resolveu dar-lhe a última chance sobre uma questão de ótica, uma questão bem fácil. O professor tirou os óculos que usava, olhou para o aluno e perguntou: Que tipo de lente é essa? O aluno olhou atentamente e finalmente respondeu para o incrédulo mestre: Isso ai é uma lente “de ver gente”. O cara era tão azarado que aquela lente na realidade não era divergente e sim uma lente convergente. .
Boa, essa, João. Lente de aumento sobre nossa triste realidade.
Abraços