
Bem que Cuca tentou encorpar o seu meio de campo, com Zé Roberto, Gabriel, Arouca e Allione.
Em vão, porque o Palmeiras, a exemplo da imensa maioria dos nossos times, com exceção de Grêmio, Galo e Corinthians, em parte, não dá a menor bola para a tal triangulação, desde que o mundo é mundo, a base da evolução de um time de futebol via troca de passes. Com uma única e breve exceção – a Seleção Holandesa de 74, que substituiu o triângulo por uma esfera, ou seja, o jogador de posse da bola era circundado pelos dois alternativos para o passe, formando uma rosácea no campo.
Mas, essa é uma história antiga, embora fosse absolutamente revolucionária nestes tempos obtusos como o foi em sua época.
O que eu quero dizer é o seguinte: ao jogador que está com a bola, em qualquer posição do meio de campo, há de se dar-lhe duas alternativas, dois companheiros postados próximos, à frente, pra que esse triângulo vvá se desdobrando e as jogadas sigam através de passes rápidos e precisos.
Caso contrário, o jogador que detém a bola a seus pés só terá três opções: ou atrasar para os zagueiros, que se postam lá atrás, e ficam trocando bolinhas à toa, ou tentar a jogada individual, que geralmente morre na marcação dobrada adversária, ou, por fim, forçar o passe para um companheiro à frente, de costas para o gol e sob marcação. Este, se conseguir tocar na bola antes do defensor, que está de frente para a jogada, portanto mais habilitado a cortar o passe, dá aquela raspadinha para o parceiro que se encontra na mesma situação.
Isso porque, no início de tudo, os atacantes se mandam e os beques recuam, deixando o homem da bola ao deus dará.
Some-se a isso a ligação direta, dos beques para os atacantes, apostando sempre na segunda bola, ou as bolas alçadas à área a esmo, e temos esse jogo que o Palmeiras nos ofereceu na derrota por 1 a 0 para o Nacional, em Montevidéu.
Resultado que reduz as possibilidades de o Verdão seguir em frente na Libertadores a níveis mínimos.
Até quando?, me pergunto.
HELENA e ESSE TIME da RECOPA 1968 em MILAO no SAN SIRO Cláudio (Laércio); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Toninho, Edu, Pelé, Abel. Técnico: Antoninho
EdU pELA dirEiTA ora TONINHO e PELÉ vOLTAvAm pArA ArmAr as jOgAdAs