Dizer que Guerrero, Sheik e Elias não fizeram falta ao Corinthians seria uma inverdade. Inverdade igual à de atribuir a derrota para o Palmeiras, no estádio de Itaquera, a isso. Não foi.

O Palmeiras venceu porque jogou muito melhor do que o Corinthians, do início ao fim da partida. Mas, sobretudo, no primeiro tempo, quando acuou o Timão em seu campo, com toques ágeis e insidiosos, fez 2 a 0, com Rafael Marques e Zé Roberto, e rondou a área alvinegra por mais tempo.

No segundo, se não fez nenhum, poderia ter acrescentado mais dois gols com as chances perdidas (ou salvas por Cássio) por Zé Roberto e Egídio.

No centro disso tudo, duas figuras se realçam: Zé Roberto e Valdívia, tecnicamente muitos furos acima dos demais em campo.

Não por acaso, Valdívia esteve na origem dos dois gols verdes e até da chance perdida por Zé Roberto no segundo. Dele saiu a bola que Kelvin cruzou na cabeça de Rafael Marques, na abertura da contagem. E, de uma tabelinha mágica com Zé Roberto, que tentou a cavadinha cortada por Cássio antes do toque de cabeça fatal, nasceu o segundo.

Para o Verdão, é aquela vitória que dissipa todo e qualquer mal-estar que rondava a figura de Oswaldo de Oliveira. Afinal, bater o maior rival, na trincheira inimiga, e com tal superioridade, vale tanto quanto um renascimento sob todas as bênçãos.

Já para o Corinthians, é mais uma pedra no caminho da recuperação, em meio a tantos percalços recentes. Mas, nada que possa abalar a posição de Tite.