
Com Ronaldinho, nunca se sabe. O Grêmio, que o revelou para o mundo e o amaldiçoou quando partiu para a França sem deixar um tostão furado nos cofres do clube, armou principesca recepção para a sua volta e ele acabou desembarcando na Gávea, onde começou muito bem e acabou muito mal.
De repente, ressurge, no improvável Atlético Mineiro, onde conduz a nação carijó à conquista do maior título da história do clube – a Libertadores. Bastou para cair numa lassidão irritante em campo, a ponto de ser substituído jogo após jogo, até pedir o boné, e sair por aí oferecendo-se a vários possíveis interessados.
O Palmeiras, por exemplo, que já teve seu interesse recusado por duas vezes nestes tempos de volta do craque ao futebol brasileiro. Por fim, levou o terceiro não de Ronaldinho.
Valeria a pena? Claro que Ronaldinho de hoje não é nem sombra daquele irresistível craque do Barça, eleito duas vez o melhor do mundo. Mas, ainda é mestre nas bolas paradas, e dá seus passes inventivos, vez por outra. E, cuja presença em campo é sempre uma preocupação extra para o adversário.
Além do mais, vai que Ronaldinho repetisse o mesmo curso cumprido no Flamengo e no Galo, onde jogou bem nos seis primeiros meses de contrato, talvez movido pelo desafio da volta, essas coisas. Bem, para um time cuja única referência técnica é Valdívia, que nunca entra em campo, a presença de Ronaldinho sempre seria um acréscimo nesse quesito.
Ah, mas pode causar rupturas no elenco, provocadas por inveja ou algo desse tipo. Que elenco? A rapaziada que lá está praticamente toda acabou de chegar à Academia, mal se conhecem pelo nome. E todos eles, por certo, brasileiros e gringos, se extasiaram com Ronaldinho nos seus melhores momentos. Periga a turma ir em fila pedir-lhe autógrafo, isso, sim.
E mais: por tudo que se sabe, Ronaldinho não é um tipo desagregador, ao contrário. Sim, é chegado a uma balada, a um pagode, mas, quem não é nesse universo de jovens exalando testosterona e com muito dinheiro no bolso? Contudo, no convívio com os companheiros, costuma ser parceiro, segundo se sabe.
Portanto… Portanto, mais uma vez, fica tudo no condicional, a cereja no bolo de aniversário do centenário do Palmeiras que murchou e azedou.
Sou Corinthiano, espero que Ronaldinho faça no Palmeiras, o que Ronaldo Fenomeno fez pelo timão, é muito triste ver o Palmeiras nessa situação, afinal de contas, é o nosso maior rival!
Ronaldinho traria muito marketing para o Palmeiras, mas futebol seria pouco!!!