Haja coração mesmo para aguentar a seleção na Copa América…

Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press
Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press

O Brasil passou fácil pelo Panamá, no amistoso deste domingo, nos Estados Unidos, em Denver, ao vencer por 2 a 0, gols de Jonas e do novato Gabigol. No entanto, deixou dúvidas, temores e incertezas na cabeça de críticos e torcedores. Afinal, mostrou um futebol ora medroso (defensivo demais sem necessidade), ora ofensivo ao extremo (terminou o jogo com quatro atacantes em campo). Já passou da hora do técnico Dunga usar a Canarinho como laboratório. Time deveria estar definido para a estreia contra o Equador, na primeira rodada do Grupo B da Copa América Centenário. Futuro incerto, sem dúvida.

Não poder contar com Neymar ainda é um grande problema para Dunga. Quem será a referência no ataque nacional nessa difícil competição? O treinador começou atuando no 4-1-4-1 (como o Corinthians do técnico Tite) e terminou no 4-3-2-1, variando para o 4-4-2 clássico. Ou seja, uma bagunça tática generalizada, onde ninguém tem ideia do que fazer em campo. Nos primeiros 15 minutos, seleção deitou e rolou. Abriu placar com Jonas e obrigou o goleiro Jaime Penedo a voar como um pássaro em falta cobrada por Daniel Alves e, depois, em belo chute de Phelippe Coutinho.

Daí para frente, deu bobeira total e começou um festival de passes errados, jogadas grotescas, chutões para cima e para o lado, como se o Panamá fosse um navio fantasma do Caribe. Dunga percebeu a tremedeira de alguns e mudou a equipe para a etapa final. O incrível (de ruim mesmo) Hulk entrou no lugar de Luís Gustavo. Perdeu o gol mais feito da partida quando testou em cima do goleiro Penedo. Aí, então, vieram Kaká (saiu Coutinho), Gabigol (Jonas), Lucas Lima (Willian) e até Rodrigo Caio (Renato Augusto) para citar as mudanças mais importantes.

Equipe passou, então, a tocar a bola e colocar os grandalhões e atabalhoados panamenhos na roda. E veio o segundo gol. Zagueiro adversário falhou e Gabigol tocou com categoria, frieza e objetividade para o fundo das redes. Kaká poderia ter feito o terceiro, evitado por Penedo outra vez. O ex-são-paulino não percebeu Hulk livre de marcação, sozinho na pequena área. Alguns lances violentos aqui e ali (de Gil, Miranda e principalmente Dani Alves) chegaram a quebrar a sintonia fina da equipe.

Moral da história: Brasil está longe de ser o favorito para vencer essa Copa América Centenária e corre sim o risco de dar um vexame daqueles.

Como diria o mestre Galvão Bueno, haja coração!?

E tenho dito!

 

6 comentários

  1. Qualquer jornalista se torna bom ao comentar a seleção brasileira, pois não enche mais os olhos de ninguém, e temos tantas opiniões adversas,que qualquer comentário agradará um e não o outro,
    a verdade é uma apenas,
    nossos jogadores em seus clubes ´´fazem chover´´ e na seleção são atletas de níveis básicos, ai que entraria a mão do treinador, inserindo dinâmica e tática no grupo, e ai não temos treinador também

    a copa America não será vexatória para o Brasil não, pois as outras seleções também não tem um nível tão superior assim também,

    será apenas mais um evento de esporte na tv, que muitos nem sequer saberão que a seleção já jogou
    tenho saudades de 2002 que colocava o radio despertador para acordar de madrugada e ir ao bar do vadinho assistir o jogo com toda a galera

    E temos dito !

  2. CHICO LANG EU GOSTARIA AQUI DE FAZER UM DESABAFO POIS FIQUEI MUITO INCOMODADO COM UMA FALA DO TÉCNICO TITE DO CORINTHIANS, O MESMO DISSE ANTES DO JOGO CONTRA O SPORT EM RECIFE QUE”ERA DESUMANO O JOGO AQUELE HORÁRIO” APESAR QUE NÃO ESTAVA TÃO QUENTE POIS HAVIA CHOVIDO EM RECIFE, POIS BEM O SR TITE DEVERIA SE POR NO LUGAR DE MUITOS PAIS DE FAMILIA QUE ACORDAM AS 4 HORAS DA MANHÃ, PARA GANHAR NO FIM DO MES UM SALARIO MINIMO, OU PESSOAS QUE TRABALHAM NA ROÇA E ENFRENTAM UM SOL O DIA INTEIRO, OU NOS MILHOES DE BRASILEIROS DESEMPREGADOS, ENQUANTO SEUS JOGADORES GANHAM MILHOES PARA JOGAR UMA HORA E TRINTA MINUTOS, COMO QUE UM TÉCNICO DESSE NÍVEL QUER SER TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA, JAMAIS,

  3. O primeiro adversário do Brasil na Copa América Centenário é o Peru e não o Equador como relatado nesta coluna. No mais é isso mesmo. A seleção brasileira tem até bons valores, mas não tem craque e nessas horas a organização tática precisa está afinada, mas exatamente ai fica comprovada a ineficiência de Dunga, Haja Coração!!!

  4. Houve um tempo que a seleção ganhava de 4 a 0 do Panamá, no mínimo. Mas ganhar de 2 a 0 num sofrimento como o que se viu nesse amistoso… Lamento informar, mas o Brasil ficará de fora desta Copa do Mundo. E não vai passar da primeira fase da Copa América.

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