
Não é LeBron James. Nem Mbappé, Djokovic, Messi, Marc Márquez, Cristiano Ronaldo, Federer, Neymar ou Simone Biles. O atleta desse conturbado 2020, o ano 1 da pandemia, é Lewis Hamilton. O seu fulgor técnico conduzindo a Mercedes na Fórmula 1, ao lado de um enérgico ativismo na luta contra o racismo, o colocam como o grande protagonista do momento dos palcos desportivos.
Hamilton vai estabelecendo recordes e levantando novos patamares nos circuitos europeus que desafiam a geração atual e as próximas da Fórmula 1. O piloto britânico liderou a categoria na mensagem forte do ‘black lives matter’ e, ao contrário do que se especulava, a militância não tirou o foco da disputa na pista. Ao contrário, parece que se intensificaram.
Cruzando os braços sobre o peito, punhos fechados e a cabeça inclinada, depois da 93ª pole, sábado, o hexacampeão mundial homenageou ator Chadwick Boseman, o ‘Pantera Negra’, morto de câncer, prematuramente, aos 43 anos.
Neste domingo, voltou a comandar a F1 na mensagem antirracista antes da largada para, depois, conquistar a uma vitória fácil, a 5ª em sete provas e a 89ª na carreira. Só perdeu a volta mais rápida que acabou com um inesperado Daniel Ricciardo, quarto colocado na prova com o carro da Renault.
O GP da Bélgica não foi o que se esperava. O momento mais delicado foi o acidente com Antonio Giovinazzi que bateu muito forte e cuja pneu que se soltou depois do choque provou outra batida, a de George Russell. Os pilotos nada sofreram mas os carros foram destruídos. Só a chuva poderia ter provocado mais emoções e ela não veio.
Os quatro primeiros do grid – Hamilton, Bottas, Verstappen e Ricciardo – terminaram nas quatro primeiras posições da prova. O pesadelo ficou para a Ferrari. No sábado não passou do Q2 com os dois carros. Na corrida, ficou apenas com o 13º e 14º lugares, com Vettel e Leclerc.
Vale lembrar que o Mundial terá este ano três corridas na Itália – Monza já no próximo domingo – e essa responsabilidade pesa muito sobre a equipe Ferrari que, em Muggelo, completará sua milésima participação na Fórmula 1.