Aston Martin: o futuro de Vettel?

(Foto: Peter Parks/ AFP)

Sebastian Vettel, 33 anos, é tetracampeão mundial de Fórmula 1, soma 53 vitórias (3º lugar na história), 57 poles (4º lugar). É um sujeito discreto, avesso à ostentação, franco, gentil com fãs e jornalistas e de fino trato com quase todos no paddock. Por razões óbvias, só não incluiria agora seu rival na Ferrari, Charles Leclerc.

“Conheci (Vettel) como ser humano e meu respeito por ele é, provavelmente, maior do que por todos os outros aqui com relação ao ser humano que ele é, o homem que ele é e o que defende e representa”. A avaliação é do hexacampeão mundial Lewis Hamilton.

Bem, isso posto, vamos a situação inusitada em que o piloto alemão se encontra no momento. Demitido pela Ferrari por telefone (ele preferiu contar a verdade em vez de usar a batida expressão ‘de comum acordo’) antes mesmo do início do Mundial 2020, Vettel viu-se no meio de uma precipitada troca de cadeiras para o ano que vem onde seu nome jamais foi levado em consideração, apesar do currículo e qualidades apontados acima. Como a F1 pode desconsiderar um talento como Sebastian Vettel não é fácil responder.

A McLaren preferiu chamar Daniel Ricciardo para o lugar de Carlos Sainz Jr, acrescentando que nunca considerou a hipótese de Vettel; a Mercedes não poupou elogios, mas acenou que o piloto não está em seus planos para o ano que vem. Esta semana, de forma seca, Red Bull – equipe por onde Vettel conquistou seus quatro títulos consecutivos – negou qualquer possibilidade de incluir o alemão em seus planos. E a Renault, por sua vez, apressou-se em confirmar Fernando Alonso para correr ao lado de Esteban Ocon, no próximo campeonato.

Seriam essas as escuderias, ainda que com reservas, em condições técnicas e financeiras de abrigar um piloto do calibre de Vettel. Não dá para imaginá-lo vestindo o macacão da Williams, Alfa Romeo ou Haas.

Mas, de repente, eis uma nova opção: uma proposta de Lawrence Stroll, o milionário canadense da Racing Point. O plano é simples: substituir o mexicano Sergio Perez pelo tetracampeão mundial que formaria então dupla com Lance Stroll a partir da próxima temporada. A Racing Point, chamada de ‘Mercedes rosa’, dispõe de condições financeiras suficientes para contratar mais técnicos e garantir um bom carro. E, digamos que ainda não tenha grandes chances no ano que vem, a coisa poderá ser diferente a partir de 2022 quando o regulamento técnico da Fórmula 1 implicará em grandes mudanças nos carros, fazendo com que a direção dos ventos seja outra e abrindo um leque maior de possibilidades. A Racing Point trabalha com essa possibilidade. E a contratação de um tetracampeão daria um forte ‘upgrade’ para a escuderia.

Nesta quinta, no Hungaroring, Vettel prometeu uma longa entrevista ao ex-piloto Martin Brundle, da Sky TV. O anúncio oficial poderá acontecer? Fica a dúvida.

As Vettels – a bela torcida feminina que acompanha Sebastian no Grande Prêmio do Brasil de F1 – podem manter as expectativas. Só trocarão o vermelho pelo rosa.

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