Brasileiros na Alemanha: Superação e cinturão a prova no EMC

Lutador coloca cinturão em jogo na Alemanha – Divulgação

O Brasil tem alguns representantes neste final de semana competindo na Alemanha.

Em busca de glória e reconhecimento fora do país, Fabiano Silva, Alexandre Ribeiro, Wallison Henrique e Alexander Mikael lutam na organização EMC, em Dusseldorf, neste sábado.

Defendendo seu cinturão da organização Fabiano mais conhecido como Jacarezinho, encara Bekhruz Zuhkurov enquanto Alexandre Ribeiro desafia Ahmed Abdulkadirov pelo cinturão vago peso leve.

Mas para quem pensa que foi fácil, se engana.

No caso de Fabiano, o MMA acabou entrando em sua vida de forma inesperada.

“Eu acabei sendo incentivado pelos meus treinadores e colegas de treino. Sempre dizia que isso não era para mim. Até que meu professor me colocou para lutar. No meu primeiro GP.” confessou o experiente lutador com passagem pelo maior evento da Europa, o KSW.

Apesar de admitir que já está em fase final na carreira, Jacarezinho compartilhou sua experiência na pandemia que impediu que muitos lutadores pudessem trabalhar e com isso pagar suas contas.

“Eu estava na Alemanha. Aqui as coisas são muito rígidas. A polícia fica em cima. E foi complicado porque eu fiquei sem treinar. Foram momentos difíceis e a pandemia veio para testar se o MMA está firme. Acredito o EMC vai me colocar em um patamar acima. Mas acredito que tenho mais uns 2, 3 anos e poder fazer meu nome. Podem esperar por um lutaço, antes do quinto round ela acaba!” revelou ao blog.

Fabiano é campeão do maior evento de MMA da Alemanha – Arquivo Pessoal

Já a situação de Alexandre Ribeiro foi mais intensa. O lutador admitiu o esporte acabou salvando sua vida do caminho errado.

“Eu não sei o que seria de mim se não fosse o MMA. Aqui (em Manaus) a gente só tinha duas opções. Ou virar lutador ou virar um bandido. Ou ser um trabalhador de distrito. Hoje, eu rodo o mundo todo, a Europa toda. Morei nas Filipinas graças ao esporte.” contou o atleta.

Lelek disputa primeiro título europeu na carreira – Divulgação

Para esta luta, o lutador e seu irmão que atua como empresário é atleta revelaram dificuldades em preparação devido ao clima frio europeu.

“Na Polônia poucas pessoas falam inglês. Eu tive que improvisar muita coisa. Eu batia manopla no estacionamento. Foi muito difícil. Se adaptar com a comida, esta experiência foi surreal. Eu não reclamo mas foi mais uma que eu superei.” disse o atleta.

Mesmo diante de tantas difículdades, Lelek promete entregar sua melhor performance no Octógono.

“Este cara não passou o que eu passei. Pode ter certeza que vou dar o melhor de mim. É a primeira vez que luto por um cinturão na Europa. E eu não vou sair de lá sem arrebentar ele. Vai ser pau no gato sem massagem.” disse o manauara.

Lutador manauara tem apoio de esposa e irmão que gerência sua carreira – Arquivo Pessoal

 

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