
Após voltar depois de uma longa recuperação devido a uma grave lesão, o paulista Viscardi Andrade está de volta.
O lutador que venceu o russo Gasan Umalatov no UFC São Paulo, não quer ficar parado.
Com compromisso marcado já neste próximo final de semana pelo ADCC em Barueri, contra a lenda do MMA paulista, Jorge Patino Macaco, o atleta quer mais uma vitória.
Viscardi também falou sobre o futuro na organização americana e as dificuldades que o mesmo enfrentou para conquistar mais uma vitória no UFC.
Após um longo tempo parado, você voltou a lutar e venceu no UFC novamente. Mas se mostrou insatisfeito com sua performance. Encontrou muitas dificuldades neste retorno, devido ao longo tempo parado?
Eu estava há um longo tempo parado, senti um pouco o ritmo. Tinha um adversário duro pela frente, mas consegui fazer um jogo seguro, um pouco conservador, para ganhar. Era mais de um ano e meio sem pisar no octógono. Dentro de todas essas situação que cercavam a luta, eu fiquei satisfeito com minha apresentação. Sei que posso e vou render muito mais já em minha próxima luta.
Qual foi sua sensação ao vencer em casa pela primeira vez? Seu treinador algumas vezes pedia para que você não prestar atenção no público que te apoiava. Isso realmente aconteceu?
Ele estava com receio de o apoio da galera tirar o meu foco, mas isso não aconteceu em momento algum. A torcida estava apoiando muito, me jogando pra frente. Foi incrível. Foi a vez que mais me diverti lutando, acredito que pelo fato de estar na minha casa, com o apoio de toda a galera, que estava reforçada por minha família, amigos e alunos. Foi muito legal!

Você já tem um novo compromisso pelo ADCC em uma grande luta com uma lenda do nosso esporte, o Jorge Patino Macaco. Para você como é fazer um combate tão importante? Tem alguma estratégia definida?
É uma luta muito importante pra mim, e acredito que pra ele também. Estou focado na luta. É um prazer enfrentá-lo, um cara que tem uma história grande nas artes marciais, é guerreiro. Tenho um respeito grande por ele e por tudo que já fez, mas eu vou pra cima, quero finalizar essa luta. Quero decidir antes dos 20 minutos.
Sabemos que é muito difícil estar sempre treinando devido ao alto risco de lesões. Como você está se planejando daqui para frente após ter enfrentado essa dura experiência de ficar por um longo período afastado?
A minha fratura serviu como um aprendizado. Foi uma fatalidade na ocasião, mas me abriu os olhos para otimizar meus treinos. Lutador de MMA vive no fio da navalha, não pode dar mole. Mas aprendi a treinar melhor, de uma maneira mais inteligente, e por isso confio que posso lutar em breve, daqui a dois, três meses.
Falando sobre o UFC, tem preferência por algum oponente para sua próxima luta? O UFC anunciou um evento no Rio em março, tem desejo de estar lutando nesta edição?
Quero lutar o quanto antes, seja onde for. Se for no Brasil, ótimo. Tem o clima, o fuso, a torcida… tudo isso é bom pra mim. Fiquei muito tempo parado, tenho apenas três lutas pelo UFC, então acho que não posso escolher onde e quem enfrentar (risos). Quero ganhar meu espaço no evento, crescer cada vez mais, para então poder opinar, escolher. Por enquanto, o que eles mandarem, eu caio dentro.
Se puder mande uma mensagem para os fãs…
Eu quero apenas agradecer os fãs. Dei mole em minha última luta, acabei ‘dando’ uma vitória para o gringo aqui, no Brasil, então estava devendo uma vitória para a gente. Consegui vencer o russo, voltei de uma vez por todas à ativa e quero dar ainda mais alegrias pra vocês. Obrigado por tudo!