O lutador curitibano Saulo Cavalari conquistou um feito histórico para o Brasil.
Com 26 anos de idade, o atleta se tornou o primeiro lutador brasileiro a se tornar campeão mundial meio pesado do GLORY, maior evento de kickboxing do mundo.
O garoto que enfrentou muitas dificuldades desde a infância, teve recompensado seu esforço de muitos anos com dedicação.
Um lutador esforçado, com apelido arrojado (Cassius Clay), agressivo no ringue e esbanjando carisma fora dele, tive a oportunidade de conhecer Saulo em 2012, quando Cavalari fazia sua primeira luta internacional em um evento de grande porte, o japonês K-1.
Na época, a vida mostrou a Saulo que nada seria fácil. E a organização colocou o lutador brasileiro para enfrentar um dos atletas mais duros do evento, o ucraniano Pawel Zhuravlev.
Porém mostrando personalidade, o brasileiro que até então era tido como uma promessa, mostrava sinais que poderia se tornar um grande atleta futuramente, ao endurecer o combate contra Pawel.
Após o K-1, Saulo teve o devido reconhecimento apenas no ano seguinte, sendo contratado pelo GLORY para enfrentar o holandês Filip Verlinden.
Em um luta muito dura, o brasileiro venceu por decisão e chamou a atenção da organização em seu luta seguinte contra o marroquino Mourad Bouzidi.
Com um dos maiores nocautes da história do evento, Saulo garantiu a presença em um GP com os melhores meio pesados do planeta após se tornar campeão brasileiro de kickboxing pela organização WGP.
Estreando como meio pesado, Cavalari enfrentou o holandês Tyrone Spong em um GP na cidade de Istambul, na Turquia.
Após uma verdadeira batalha no ringue, o brasileiro que arrancou elogios dos promotores da organização conheceu sua segunda derrota na carreira.
Saulo após o combate contra Spong enfrentou novas batalhas, mas desta vez fora do ringue.
Depois de conviver com o falecimento de sua mãe (mostrada no primeiro vídeo do post), o brasileiro perdeu seu primeiro treinador, Fernando Fefe, que acompanhou o atleta ao longo de sua carreira como amador e profissional após ambos terminarem uma parceria que durou mais de 10 anos de trabalho.
O atleta retornou ao GLORY na edição 18, em 2014 contra o favorito alemão, Danyo Ilunga, em um novo GP, desta vez para definir o próximo desafiante ao cinturão.
Após surpreender contra Ilunga, Saulo enfrentou o congolês Zack Mwekassa e conquistou outro impressionante nocaute no GLORY.
Mesmo com a vaga garantida para a disputa de cinturão, Saulo voltou a enfrentar novas dificuldades.
Desta vez, o campeão da categoria, o turco Gokhan Saki estava tendo divergências com o GLORY e a consequência foi mais uma luta para Cavalari que enfrentou a promessa russa, Artem Vahkitov.
Sendo apadrinhado pelo famoso treinador da equipe Chakuriki, Thom Harrinck, Saulo acabou fazendo sua preparação no Líbano para o combate.
Após o insucesso das negociações do GLORY com Saki, Saulo novamente encontrou um velho conhecido: Zack Mwekassa.
A luta aconteceu neste último fim de semana e consagrou o atleta de Curitiba como o novo campeão meio pesado do GLORY.
Em cerca de 3 anos, foram 7 lutas e 5 vitórias. Um título e a promessa cumprida: Trazer o cinturão para o Brasil.
“Depois de conviver com o falecimento de sua mãe (mostrada no primeiro vídeo do post), o brasileiro perdeu seu primeiro treinador, Fernando Fefe, que acompanhou o atleta ao longo de sua carreira como amador e profissional.” Do jeito que está escrito parece que meu pai morreu.
Obrigado Matheus por fazer a adenda. E por acompanhar o blog. O texto foi alterado. Muito respeito pelo grande trabalho do Fefe.