Lucas Mineiro está a poucos dias de voltar ao octógono. Neste sábado, dia 30 de maio, ele encara o bósnio Mirsad Bektic pelo UFC Fight Night 67, em Goiânia, Goiás, em sua sexta luta pela organização norte-americana. Após amargar um revés na última luta, contra Darren Elkins, interrompendo assim uma sequência de três vitórias – duas por nocaute e uma por finalização, o representante da Chute Boxe Diego Lima quer voltar a vencer de maneira contundente na categoria peso-pena (até 66,1kg). Para isso, usou os sete meses ausente do octógono para aprimorar os pontos falhos em seu jogo e intensificar a trocação.
O período longe da ativa serviu também para Lucas Mineiro auxiliar nos treinos de seu amigo e companheiro de equipe Thomas Almeida, que lutou em abril deste ano e já tem novo desafio agendado para julho. Na última apresentação de Thominhas, Mineiro foi seu principal sparring, simulando o jogo de Yves Jabouin. A estratégia nos treinos deu certo, e o brasileiro nocauteou o canadense ainda no primeiro round da luta válida pelo UFC 186. Assim, o chamado a um mês do combate contra Bektic não intimida Lucas Mineiro, já que o ritmo de seus treinos estava intenso.
“Foi bom ficar esses sete meses ‘parado’ porque pude manter o foco estudando os erros que cometi em combates anteriores. Já estava preparado para este porque ajudei o Thomas por bastante tempo, então já estava bem no peso e com ritmo de luta. Aprendi muito com minha última luta e vou surpreender meu adversário. Me preparei em todas as frentes, todas as formas de ataque e defesa, e estou mais completo. Não tenho apenas um estilo de luta”, avisa Mineiro, de 26 anos, dono de um cartel de 15 vitórias e apenas duas derrotas no MMA profissional.
Lucas Mineiro busca sua quarta vitória no UFC, e comemora a sequência de lutas na categoria peso-pena para se posicionar entre os melhores. Apesar da pouca idade, o atleta já duelou em cinco oportunidades pela organização e em três categorias diferentes, incluindo uma nos pesos-galos, em setembro de 2013, quando finalizou Ramiro Hernandez em apenas um minuto de combate, além da estreia, em janeiro do mesmo ano, entre os leves.
Um triunfo em Goiânia poderá deixa-lo próximo novamente de estar no Top 15 dos penas. “Estou na minha divisão de peso correta. Tenho que manter a disciplina na dieta e cortar peso, mas tudo isso é necessário para chegar bem dentro do cage e ser recompensado no final. Quero vencer bem e convencer o UFC que já não sou mais uma promessa, mas, sim, uma realidade dentro da organização”, afirma o lutador da cidade de Montes Claros.
Das cinco apresentações que fez pelo Ultimate, apenas uma Lucas Mineiro lutou no exterior. Estar no Brasil, com o apoio da torcida, agrada o mineiro. Os fãs brasileiros servem como estímulo a mais pela vitória, com o já tradicional grito de “uh vai morrer” que vem das arquibancadas em edições do evento no país.
“Lutar em casa é bom demais por causa dessa energia positiva, a família e os amigos por perto, a comida não é tão diferente daquilo que você está acostumado. Então faz diferença, sim, lutar no Brasil e tenho certeza que o torcedor pode influenciar na minha performance. Mas, apesar de ter me preparado bem no jiu-jitsu, no wrestling e luta agarrada, vou em busca do nocaute. Minha previsão é de vitória no segundo round”, analisa Lucas Mineiro