Série Promotores, o lado de lá – Entrevista com Marcelo Brigadeiro, criador do Aspera FC

 

Marcleo Brigadeiro é promotor do Aspera FC, evento catarinense de MMA - Arquivo Pessoal
Marcleo Brigadeiro é promotor do Aspera FC, evento catarinense de MMA – Arquivo Pessoal

O blog traz uma série especial após abrir espaço para os empresários de atletas.

A partir desta semana, trazemos uma série de entrevistas com os promotores dos eventos nacionais.

Mostrando a realidade do esporte no Brasil através do olhar e experiência de quem organiza os eventos, agora estamos abrindo espaço para os promotores que responderam as mesmas perguntas.

O primeiro entrevistado é Marcelo Brigadeiro que aceitou o convite do blog.

Veja na íntegra a entrevista:

 

Como você enxerga o cenário do MMA nacional hoje?

Acho que o cenário está muito ruim. Falta profissionalismo, falta seriedade, falta grana…

Enquanto não houver uma grande mobilização das pessoas sérias do nosso meio essa realidade não mudará.

Hoje temos muitas Comissões, Federações, o que pode ser feito para tentar diminuir e acabar com o amadorismo no esporte?

Primeiramente essas comissões e federações precisam parar com o seu próprio amadorismo antes de pensar em profissionalizar o esporte como um todo. Essas entidades que foram formadas são uma piada, colocam muita gente despreparada para trabalhar…

Como você enxerga a TV aberta no MMA? Como ela poderia ajudar a desenvolver e divulgar o esporte?

Acho que é sensacional, uma forma de alcançar um grande número de pessoas. Mas aí tem o outro lado, qualquer coisa errada que seja feita já “queima o filme” em grande escala. Acho que a TV aberta pode contribuir na arrecadação de patrocínios para eventos e atletas principalmente.

 

Temos muitos atletas que lutam muitas vezes seguidas, porque não conseguem bolsas suficientes para pagar as contas. Pelo lado do promotor, o que o evento pode ajudar nesta parte?

No atual cenário, nada. Se o promotor pagar bem pode ter certeza que vai fechar a conta do evento no vermelho e dificilmente fará outra edição. Isso porque os atletas brasileiros ainda não aprenderam a “vender” as suas lutas. Você vê um monte de gente lutando que nem sequer divulga o cartaz do evento nas suas redes sociais, não faz o mínimo esforço para divulgar o evento… como que vai querer ganhar mais?

 

Como o MMA poderia ser atraente para o mercado publicitário?

Inicialmente com uma melhoria geral dos eventos. O que vemos hoje são eventos com bons cards mas produção (luz/som/announcer..) ruins ou eventos com boa produção e lutas sofríveis.
Dificil achar no Brasil um evento que junte o pacote completo que vai agradar a grande maioria do público e por consequência atrair patrocinadores. Outro fator é uma melhor instrução dos atletas por parte de seus empresários e treinadores, não dá pro cara ganhar uma luta e na hora da entrevista falar como um marginal.

Criar um sindicato de atletas seria viável?

Acredito que não. Faltam pessoas corretas e qualificadas para sequer pensarmos em juntar meia dúzia.

 

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