
No dia 23 de março, no UFC Fight Night 39, em Natal (RN), Jussier Formiga terá, contra Scott Jorgensen, o mais importante compromisso de sua carreira, com a possibilidade de igualar seu cartel no Ultimate em duas vitórias e voltar a figurar entre os principais pesos mosca (até 57kg) do mundo. O potiguar, que nunca perdeu em sua cidade natal em três ocasiões, terá os amigos e familiares na arquibancada e a vantagem de ser muito mais experiente na categoria do que o americano, que faz apenas seu segundo combate no peso.
Scott Jorgensen está no UFC desde 2011 e sua primeira derrota na franquia aconteceu justamente para um companheiro de Nova União de Formiga. O americano foi derrotado por Renan Barão, que recentemente defendeu o cinturão dos pesos galo (até 61kg), e ajudou em parte de seu camp para o UFC em Natal.
“Ele (Jorgensen) é um cara bom, troca bem em pé, já lutou contra tops como Barão e Faber, mas agora está nos moscas, que é uma categoria rápida e o pessoal sai na mão mesmo. Na sua estreia na divisão ele perdeu, mas fez uma boa luta. Acho que levo um pouco de vantagem por já ser da categoria e saber como funciona. Tem o diferencial de eu estar em casa, no meu clima, mas numa luta como essas é 50% para cada um”, opina.
Apesar de contar com fatores externos que podem aumentar ainda mais sua ansiedade pelo duelo, o atleta da Nova União mantém somente a concentração no seu adversário. Em abril, Formiga completa 29 anos e na sua 19ª luta da carreira, tem experiência de sobra para suportar pressão e não ficar ansioso no octógono.
“Lutar na minha cidade vai ser muito bom, ainda mais pelo fator torcida e ter minha família podendo acompanhar de tão perto pela primeira vez. Mas não levo para esse lado, porque tenho que estar focado principalmente no meu oponente e os fatores de fora não podem me atrapalhar. Nunca perdi na minha cidade e vencer lá, agora como o UFC, vai ser gratificante demais”, afirma.
O duelo entre Formiga e Jorgensen tem tudo para ser decidido no chão. O brasileiro tem o jiu-jitsu como uma das suas especialidades, com sete triunfos por finalização na carreira. Seu oponente, três anos mais velho, não deixa por menos e soma cinco vitórias dessa forma.
“Realmente encaixou o fato de nós dois preferirmos o solo, mas acho que na hora da luta tudo pode mudar. Não sei se ele vai entrar com uma tática de me derrubar, por saber que me sinto à vontade no chão também, mas não vou entrar focado em buscar finalização, e sim em garantir uma vitória para todos meus familiares e amigos que vão estar na arena”, garante.