Em um bate papo com o blog, o lutador Gustavo Falciroli contou um pouco sobre sua vida na Austrália.

Com participações nos eventos asiáticos ONE FC, Shooto e AFC (Australian Fighting Championship), o lutador adiantou que seu combate marcado para o dia 22 de fevereiro no evento australiano pode mudar de data.

Corinthiano e fã do piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna, Gustavo revelou seus planos para o futuro.

Com 13 vitórias e apenas 4 derrotas em seu cartel, o peso galo ainda sonha em lutar no UFC.

Veja a entrevista na íntegra com Gustavo Falciroli:

Planeta Octógono – Conte nos como você conheceu e se envolveu com o mundo das lutas…

Gustavo Falciroli – Primeiramente muito obrigado pela oportunidade, cresci assistindo e lendo as notícias esportivas e estar sendo entrevistado por um site como o Gazeta Esportiva com certeza é a realização de mais um sonho e uma honra pra mim.

Desde criança sempre tive envolvimento com esporte e sempre tive vontade de praticar artes marciais já que  nos campos de futebol,  intimidade com a bola não era muito minha praia, eu era bom mesmo em arrumar confusão.

De 13 para 14 anos de idade, um grande amigo meu já praticava Jiu-Jitsu e me convidou pra treinar. Ganhei um Kimono como presente de aniversário de minha mãe e até então nunca mais parei e sempre acreditei que poderia ter o esporte como profissão.

Gustavo Falciroli – Tirando a distancia da família, e o futebol, morar aqui é muito bom.  É um pais que tem seus defeitos assim como os outros mas tem mais pontos positivos do que negativos.

Hoje sou cidadão Australiano e meus filhos nasceram aqui, me adaptei bem a língua e tenho uma vida muito parecida com a que tinha no Brasil já que sou de Indaiatuba, interior de São Paulo.

A única diferença é que tenho um grande suporte do Governo por meus filhos serem autistas e consigo viver bem trabalhando somente na área da Arte Marcial, entre aulas, lutas e arbitragem em campeonatos de Jiu-Jitsu.

Mas não sei, quando sai do Brasil não tinha filhos e as coisas eram um pouco diferentes, hoje o MMA está  bem popular e talvez as oportunidades sejam as mesmas por ai.

A oportunidade de vir para a Austrália surgiu em meados de 2006.

Em 2005, morei nove meses na Coreia do Sul e tinha um aluno australiano por lá, mantive contato com ele e ai surgiu a oportunidade e estou aqui desde do começo de 2007, quando comecei minha carreira de MMA.

Gustavo Falciroli – Eu amo  futebol e o Corinthians, mas não diria fanático.  Acredito que o fanatismo não é legal em qualquer tipo de situação.

Talvez, alguns me chamem de fanático por acordar as 5 da manhã na segunda-feira para assistir os jogos de final de semana e não trabalhar nos horários dos jogos de dia na semana.(no horário australiano).

Mas não vejo isso como fanatismo.

Torcer para o Corinthians me faz matar a saudade do Brasil e reviver meus dias de criança novamente, ter todo aquele sentimento e aquela felicidade inocente dentro do coração por apenas um simples jogo de futebol e quando moramos fora do país, aprendemos a valorizar um pouco mais a nossa cultura.

Futebol esta no sangue de todo brasileiro, independente do time que apoiem, tirando os pontos negativos que o fanatismo pode trazer, eu sinto muita saudade das brincadeiras e da rivalidade q o futebol proporciona no dia a dia do povo brasileiro  e como todo bom pai eu tenho o dever de passar a nossa cultura para meus filhos.

Gustavo Falciroli –   O foco da minha da carreira é e sempre foi lutar entre os melhores nas melhores organizações, respeito todo lutador independente do evento que ele lute mas todo mundo sabe que os melhores estão ou querem estar no UFC e eu não sou diferente. Meu foco é entrar lá e ficar no UFC.

Gustavo Falciroli – Na verdade, o evento fez uma apelação para a comissão de Victoria para me dar a vitória por nocaute já que acreditamos que foi isso que aconteceu, então preciso esperar por essa decisão e por isso  provavelmente lutarei somente em Abril e se o adversário for o mesmo, espero que a história seja a mesma só que dessa vez que ele caia dentro do ringue.

 

Planeta Octógono – Como é o MMA Australiano?  E como você enxerga o MMA aí na Austrália?

 

Gustavo Falciroli – Com o crescimento do UFC, o MMA esta evoluindo no mundo todo. E na Australia esta acontecendo isso.

Com o fechamento do CFC (Cage Fighting Championship),  maior evento nacional quando em atividade as coisas acabaram dando uma caída por aqui, mas agora com o AFC (Australian Fighting Championship) e outros eventos se consolidando e o UFC vindo para cá com mais freqüência,  o mercado está crescendo novamente.

Temos ótimos lutadores inclusive alguns no UFC e tudo leva tempo para se aperfeiçoar.

Eu por exemplo devo fazer parte de uma das primeiras gerações de lutadores profissionais de MMA, então da para ver que o esporte não é tão antigo por aqui mas resumindo, acredito que o nível esteja bem legal e que pode melhorar cada vez mais.

Gustavo Falciroli – Tem muita gente que admiro pelas conquistas que tiveram no esporte seja ele qual for, mas sou fã mesmo do nosso eterno Ayrton Senna.

Além de um grande esportista, foi um cara que usou toda sua fama para fazer algo de positivo para nossa sociedade.

Gustavo Falciroli – Um muito obrigado por toda torcida e  que continuem torcendo por mim, que sempre estarei tentando fazer o meu melhor dentro da grade para divertir e alegrar a todos.

Mais uma vez um muito obrigado pela oportunidade. E um grande abraço a todos.

Conheça o lutador Gustavo Falciroli:

[yframe url=’http://www.youtube.com/watch?v=gK3kBXpqc3s’]