O crescente número de edições do UFC no Brasil trouxe aos holofotes grandes talentos. Entre as principais revelações do MMA em 2013, sem dúvida, está Lucas Mineiro, cuja estreia no octógono acontecia há um ano, no dia 19 de janeiro, contra o experiente Edson Barboza. Na ocasião, o atleta aceitou a luta com apenas 15 dias de antecedência e acabou derrotado. De lá para cá, foram duas vitórias expressivas, ambas no Brasil, sobre Jeremy Larsen e Ramiro Hernandez, respectivamente.
No dia 22 de fevereiro, no UFC 170, o mineiro de Montes Claros fará sua estreia nos Estados Unidos, em Las Vegas, contra Brian Caraway. E para esse novo marco na vida, pretende levar ensinamentos adquiridos justamente na derrota para Edson Barboza, a única de sua carreira.
“Eu vejo aquela derrota como um aprendizado, mas, sinceramente, não tenho vontade de lutar com ele de novo. Não tenho nada guardado de ruim por causa dessa derrota, admiro muito o Edson, e só cresci e aprendi muitas coisas desde então. Tenho certeza que, naquela luta, dei um passo atrás para dar dois à frente. Sou um vitorioso só de ter entrado no UFC e agora vou em busca do cinturão”, afirma.
Antes de sua primeira luta nos EUA, Lucas Mineiro terá de superar não só a balança – ele tem lutado no peso-galo (até 61kg), depois de estrear entre os leves (70kg) – mas também o medo de andar de avião. Tudo para se tornar mais conhecido entre os fãs de MMA no mundo.
“Estou ansioso demais, mas para lutar no UFC fico até um dia inteiro lá dentro (do avião). Fiz todas as minhas lutas do Ultimate aqui no Brasil e gostei muito, minha família estava próxima, além do calor do povo brasileiro. Mas chegou a hora de lutar lá fora, botar meu nome na boca dos fãs americanos. Quero um reconhecimento internacional, que só vai vir com vitória.”, almeja.
De olho no cinturão e na torcida por Renan Barão
Três semanas antes de sua luta, Lucas Mineiro vai ficar colado à televisão para acompanhar a primeira defesa de cinturão de Renan Barão, declarado recentemente campeão oficial do peso-galo, contra Urijah Faber, numa luta que considera complicada para o brasileiro. Apesar de longínquo, o título da categoria é um sonho que começa a ficar cada vez mais intenso na cabeça do atleta #IntegralTeam. Uma boa vitória sobre Caraway, portanto, é fundamental para alimentar ainda mais esse desejo.
“O Barão merece tudo isso. Vou torcer bastante para ele, mas acho que vai ser uma luta muito mais dura do que seria contra o Dominick, pois o Faber está motivado, em um ritmo intenso e não está há dois anos parado como o Cruz”, analisa. “Acredito que ganhando do Caraway, já entro no top 10 da categoria e aí, vencendo mais umas duas lutas, contra atletas de alto nível, possa ter uma chance pelo título”.