Bate Papo – Renata Aymoré conversa sobre lutas, curiosidades e revela que já chorou no UFC

Musa do MMA brasileiro faz revelação em bate papo - Arquivo Pessoal

Em uma entrevista exclusiva para ao Planeta Octógono, uma das musas do MMA brasileiro, a jornalista Renata Aymoré, conta curiosidades e um pouco de sua carreira.

Considerada uma das mais respeitadas jornalistas do mundo das lutas, Renata conta como enfrenta o assédio, e também faz revelações.

Em um bate papo com o Planeta, além de revelar seus ídolos no esporte, Renata diz que já se emocionou no Ultimate.

Veja a entrevista completa:

Planeta Octógono – Renata, conte nos como você conheceu e começou a trabalhar no mundo das lutas…
Renata Aymoré – Comecei na cara e na coragem. Me especializei em Jornalismo Esportivo e queria um foco na área. Já gostava de lutas, mas nunca tinha pensado em trabalhar com isso.
Vi que era um bom campo e algo que eu gostaria de fazer. Me propus a escrever pra um site, mesmo de graça, só pela exposição do meu trabalho.
Conheci pessoas do meio e logo soube de um teste pra apresentadora do Canal Combate. Fiz o teste e fui chamada. O resto vocês já sabem. (Risos)
Planeta Octógono – Você é vista como uma musa do esporte, o que você pensa a respeito?
Renata Aymoré – Isso não me incomoda, nem me ilude. Acho fofo, às vezes engraçado, até porque quase sempre estou bem “coberta”, de jeans e camisa pólo, tão diferente dos estereótipos.
É claro que a beleza abre algumas portas, mas também fecha outras. É comum pessoas acharem que você só tá ali porque é bonitinho e tal.
Você precisa se provar em dobro, em triplo, pra mostrar que merece estar onde está.
Planeta Octógono – Continuando sobre este assunto, como você enxerga e se comporta com o assédio masculino?
Renata Aymoré – O assédio é natural e a melhor coisa é saber lidar com ele gentilmente, mas se posicionando.
Alguns são grosseiros e sem noção, mas a maioria esmagador chega com carinho e respeito. Não tem motivo pra empinar o nariz e esnobar pessoas que te elogiam e gostam de você. Gentileza gera gentileza.

Renata faz revela que conta um pouco de sua carreira - Arquivo Pessoal

Planeta Octógono – Você pratica alguma arte marcial?

Renata Aymoré – Não. A que pratiquei mais tempo foi capoeira, mas faz tanto tempo que acho que só sei gingar hoje em dia. Eu gosto mesmo é de ver o couro comer. (Risos)
Planeta Octógono – Qual sua maior recordação ou momento que te marcou no esporte?
Renata Aymoré – UFC Rio 3. Foi extremamente positivo pra trabalhar. Cheguei em casa ainda pilhada e tava reprisando.
Chorei assistindo a luta do Maldonado contra o Glover Teixeira. Aquilo pra mim foi histórico, inesquecível, imensurável. Primeira e única vez que chorei vendo uma luta.
Planeta Octógono – Foi a primeira vez que você fez uma cobertura diretamente de Las Vegas ao vivo, no Canal Combate.
Como você sentiu o clima na Arena, já que nas últimas edições lá, os brasileiros marcaram presença maciça no evento?
Renata Aymoré – Melhor mesmo, só se o Tibau tivesse vencido. Era o UFC 156 e tínhamos cinco brasileiros no card.
A verdade é que eu nem pisei na arena, fiquei numa salinha para onde os lutadores eram levados após os combates. Mesmo assim, não troco essa experiência por nada.
Planeta Octógono – Deu aquele friozinho na barriga, por ser um evento do UFC ao vivo em terras americanas?
Renata Aymoré – Deu um inverno siberiano na barriga! (Risos) Sempre é tenso, todo evento eu passo nervoso.
Nesse, em especial, fiquei bem tensa no início, mas já na primeira entrevista pós-luta, eu estava mais calma que nunca. Acho que eu estava tão feliz que consegui relaxar.
Planeta Octógono – Como é o público americano, no UFC? Em quesito torcida e costumes, são muito parecidos com os brasileiros?
Renata Aymoré – Não muito. O ponto que eu considero contra os americanos é que eles não fazem questão de assistir as lutas do card preliminar.
Brasileiro lota o local desde a primeira entrada de atleta. Pra mim, é certamente a torcida mais insana e apaixonada do mundo.
Mas há uma coisa na torcida americana que eu acho bem legal. Eles torcem pelos lutadores que os encantam, independente da nacionalidade.
Além disso, são educados. Acho muito feio um lutador gringo que vence brasileiro ser vaiado como aconteceu com CB Dollaway em São Paulo.
Planeta Octógono – Você tem algum ou alguns ídolos no esporte?
Renata Aymoré – Sim, vários. Pra não esquecer ninguém, vou falar só do que todo mundo já sabe, o Georges St-Pierre. (Risos)
Ele é absolutamente incrível, adorei ter estado com ele em Montreal e foi uma honra ter acompanhado um treino de Jiu Jitsu dele.
Planeta Octógono – Com a chegada do UFC na televisão aberta, e o crescimento do esporte no país, o que você espera daqui para frente, com relação a popularização do MMA e também com mais oportunidades para quem sonha em ser um futuro atleta profissional?
Renata Aymoré – Espero um futuro brilhante pra esses jovens! Mas tenhamos em mente que a popularização traz muitos “resíduos”. Modismo, críticas completamente infundadas, “especialistas” a cada esquina.
Enfim, todo mundo vai querer tirar uma casquinha, para o bem ou para o mal.
Sinto que o fã mais antigo se sente extremamente incomodado com isso, mas temos que ter em mente essa realidade: isso faz parte de tudo que se torna popular, querendo ou não. O melhor é aprender a conviver e agregar.

Caryna Americano, Renata Aymoré, Viviane Ribeiro e Wanda Grandi, comandam o time de repórteres do Canal Combate - Arquivo Pessoal

Planeta Octógono – Hoje, segundo dados, grande parte do público que acompanha o MMA, para a surpresa de muitos, são formadas por mulheres.

Como você se sente em fazer parte desta nova tendência?
Renata Aymoré – Me sinto ótima! E sempre adoro quando recebo mensagens de mulheres que amam o esporte. Muitas me procuram, pedem pra tirar fotos, dizem que começaram a gostar por causa do namorado/marido e hojem curtem mais que eles. (risos) Fico muito feliz com tudo isso!
Planeta Octógono – Você faz vários tipos de matérias e pautas. E algumas delas com projetos sociais, você acredita que este tipo de ação, o esporte pode de alguma maneira ajudar a combater a violência e ajudar socialmente de alguma forma?
Renata Aymoré – Totalmente! Isso já vem acontecendo muito e é a parte boa que a popularização pode trazer. Mais apoio financeiro, estrutura, divulgação.
Já fiz muitas matérias em projetos sociais e é uma dádiva poder ver aquilo acontecer.
Você sabe que vidas estão sendo salvas naquele momento, você sabe que um futuro brilhante está se abrindo para alguém que parecia nem ter um presente. É demais!
Planeta Octógono – Se puder, mande um recado aos leitores da Gazeta Esportiva.net e  aos fãs do esporte…
Renata Aymoré – É um privilégio estar falando para vocês através da Gazeta Esportiva.net, continuem acompanhando, incentivando o esporte e principalmente, honrando-o com atitudes corretas.
Um grande beijo, foi um prazer!
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