Frases comuns sobre nosso trabalho no futebol: “jogador não gosta disso”, “o técnico não vai ouvir o psicólogo”, “jogador fica com medo do psicólogo falar para o técnico aquilo que é conversado”, “não preciso disso. Não sou maluco”
– vocês acham, de verdade, que o futebol brasileiro está preparado para receber a Psicologia do Esporte em seu formato científico, ético e com a quantidade de conhecimento levantado através de pesquisas e estudos do comportamento humano no futebol?
Digo isso pensando na possibilidade de se criar um laboratório de tecnologia em Psicologia do Esporte, utilizando aparelhagens de bio e neurofeedback – com protocolos modernos e avançados (como usam os alemães) para otimizar a concentração, reduzir a ansiedade, planejar as metas de evoluções dos atletas etc.
O que “serve”, ainda, ao futebol, são palestras motivacionais de última hora. Vejo tanta barbaridade na minha área sendo feita no futebol que até desanima.
Raros são os casos de psicólogos do esporte que atuam com a equipe como um todo. Há restrições severas impostas por treinadores, dirigentes e até mesmo atletas (!). Boa parte dos psicólogos se dispõe apenas a atendimentos de orientação individual ainda assim quando o atleta aceita conversar e se abrir com o profissional da área.
O futebol, talvez, tenha nascido para receber uma 1/2 Psicologia do Esporte – baseada na 1/2 preparação sociocultural de quem o dirige – e pautada na 1/2 possibilidade de se compreender o atleta como um ser humano.
E aí, acreditem, não fico 1/2 desanimado.
Fico totalmente descrente e sem esperança que o mundo da bola evolua nesse país na esfera da preparação mental.
Baseado nisso tudo – na leitura global do futebol, da condição sociocultural dos atletas e dirigentes – do comportamento esportivo e dos preconceitos e das informações comuns ao meio, há espaço para a ciência da mente no mundo da bola nesse país em que boa parte dos médicos do esporte que atuam no futebol são contrários ao trabalho psicológico?
AMIGO COZAC, SEU ARTIGO RESUME BE,M A SOTUACAO MAS VAI HAVER UMA SAIDA DESDE QUE PESSOAS
IDEALISTAS COMO VOCE INSISTAM EM BATALHAR E PROCJRAR “O” CAMINHO. ELE EXISTE, PRECISA,MOS
SABER ONDE ESTAO AS PEDRAS PARA PODER CAMINHAR SOBRE AS AGUAS.
AGIRA OUTRA COISA: GOSTARIA MUITO DE SABER SUA OPINIAO SOBRE O CASO DO JOGADOR PEDRINHO
E DE TABELA O CASO DO GOLEIRO JEAN. CONTRATOS RESCINDIDOS. PESSOALMENTE NAO CONCORDO DE JEIITO NENHUM OPRINPALMENTE COM O CASO PEDRINHO (O DO JEAN NAO TENHO MUITOS DETALHES PARA
OPINASR). ABRACOS E AGUARDO ANCIOSAMENTE BEM COMO ACHO QUE A TORCIDA (MMAIS ESCLARECIDA)
TAMBEM. ABRACOS
Olá Cozac, td bem? Os departamentos de recursos humanos de empresas em geral utilizam o trabalho do psicólogo para contratar, treinar e acompanhar os trabalhadores nos processos operacionais e administrativos. Em clubes de futebol não deveria ser diferente, não é? Entretanto, a maioria não vê o psicólogo como sendo um profissional a acompanhar e atuar junto aos atletas. Prefere deixar essa competência para os treinadores e sua equipe técnica. Isso é um erro, evidentemente! O jogador de futebol no geral não é um profissional comum. Lida com muitas situações diferentes das outras profissões, como por exemplo: está em permanente processo de competição, as atitudes individuais afetam diretamente na atuação coletiva do time, sua imagem pode ser de interesse de meios de comunicação de massa, são remunerados por contratos temporários sob regras específicas, pode sair do anonimato para a de ídolo numa fração de tempo muito pequena, na maioria das vezes é de segmento sociais de menor nível de formação, entre outras peculiaridades.
Nesses casos, o psicólogo é fundamental para auxiliar a enfrentar problemas de comportamento dos jogadores de futebol e melhor prepará-los para as possíveis adversidades. Problemas como excesso de ansiedade, quadros depressivos, baixa autoestima, pouca persistência, dificuldade de comunicação, excessiva raiva, frequente medo, demasiada agressividade, frustrações não bem elaboradas, são comuns no dia a dia destes profissionais. Outro dia , técnico Sampaoli chegou a sugerir a contratação de um psicólogo para o time do Flamengo (foi publicado na Web, todo mundo viu), mas diante do não da diretoria, negou que tivesse feito essa sugestão e encerrou o assunto. Então não tem jeito, amigo. A psicologia, no futebol, ainda vai ter muito trabalho para romper essa barreira.