Creio que, num momento desses, já é quase unanimidade que Rogério Ceni é um dos piores treinadores em atividade no país. Ocorre que ele está no clube em que foi o maior ídolo dentro de campo – e lá pode fazer, ao lado dos amigos Casares e Belmonte, o que bem desejar. Não fossem as costas largas, já teria sido demitido há bastante tempo. Digo e repito: Ceni só sairá do São Paulo se quiser. Acredito que, mesmo se rebaixar o time para a 2a divisão, os mandatários derrotados Casares e Belmonte darão um jeito de manter Ceni dizendo que “ele ainda é a melhor opção para tirar o São Paulo do buraco”.
O time do São Paulo (não o clube), virou uma equipe fraca do interior. Eliminado por Mirassol, Talleres, Água Santa e tantos outros, o tricolor, há mais de década, tropeça nos mesmos erros. Erros esses que já cansei de enumerar e descrever aqui nesse blog. Diretoria atrasada, departamento médico ultrapassado, infraestrutura antiga e zero de renovação e modernidade. Além disso, uma patota administrativa que, pelo visto, nada fará para mudar esse quadro tenebroso!
Lamento pela imensa torcida do São Paulo que enfrenta chuva, paga ingressos caros e até topa lotar o estádio do arquirrival Palmeiras para torcer pelo time. O que recebe em troca? Jogadores frágeis física, técnica e mentalmente – além de um treinador que jamais deveria ter optado por essa carreira.
Ceni mostra uma mistura de humildade com arrogância. Humildade ao que convém – e arrogância quando contrariado. Seu perfil e comportamento depõem demais contra o que se espera de um treinador líder de um grande clube. Ceni deveria fazer carreira em equipes menores, onde pode se sentir ainda maior diante do ambiente de trabalho e de seus comandados. Em time grande, ou pega tudo pronto e ganha (como no Flamengo) – ou é esse desastre ambulante que está agora no São Paulo.
Vale dizer que grandes ídolos de clubes rejeitaram treinar as equipes pelas quais triunfaram dentro de campo. Zico, por exemplo, cansou de receber convites do Flamengo e sempre negou. Ele sabe como sua história nos gramados é importante e optou em não expor seu status de ídolo absoluto do time carioca.
Ceni, pelo visto, pensa de forma oposta. Parece que nem pensa em sua história vitoriosa dentro dos gramados. Para piorar, está numa instituição atrasada e que insiste em viver sob o rótulo (já amarelado e envelhecido pelo tempo) de “soberano”.
Casares, Belmonte e Ceni deverão ficar por mais 4 anos. Ninguém cobra ninguém dentro do clube e sobrevivem exatamente porque só se passa pano dentro da instituição. Não há um líder, uma direção forte nem austera. Há uma galera de amigos que está curtindo a oportunidade de estar à frente do SP e muito pouco disposta a mudar qualquer coisa lá dentro.
O SP brinca e flerta com o rebaixamento. É preciso cuidado, antes de que o flerte vire um matrimônio.
OLA COZAC.! ainda bem que contamos com sua voz nessa situacao dramatica. Acho que o foco de tudo esta
no presidente Casares. Afinal ele e o responsavel pelos destinos do SP. Tem os mesmos vicios de alguns lideres
politicos brasileiros. Assim como espero em 2026 o nascimento de um ESTADISTA assim espero o mesmo para
o nosso clube. Sou sampaulino ha 80 anos e fica sendo doloroso assistir toda essa palhacada.. Esquece a torcida
unifformizada, eles sao um bando de criancas fanaticas sem raciocinio. Um grande e sempre amigo abraco.
Salve Bernardo! De fato, é muito triste tudo isso. E pode esperar que Belmonte e Casares lá estarão por mais alguns anos. O São Paulo (aquele das décadas de 80,90 e início de 2000) não existe mais! E concordo integralmente contigo quando os associa aos líderes políticos do país.
Paciência. É como fala o Milton: “de tudo o que menos importa, o futebol é o mais importante!”
Abração!