Dá pra dizer que é consenso: 2020 foi um ano difícil.
Aqui, eu nem preciso me alongar, porque todo mundo sabe os impactos que a pandemia do novo Coronavírus causaram em todos os setores – social, politico e econômico, entre tantos outros.
Mas, ainda, não dá para dizer que não temos motivos para comemorar, em meio ao caos. Quando o assunto é futebol feminino, por exemplo, 2020 ostenta o cargo de ano da maior edição do Brasileirão Feminino.
No campeonato em que o Corinthians (de novo ele) ergueu a taça, igualando o número de conquistas da Ferroviária, a disputa das fases finais aconteceu, pela primeira vez em oito anos, em grandes estádios. Neo Química Arena, Ressaca, Morumbi, Allianz Arena, Arena do Grêmio, Estádio Beira Rio e a Fonte Luminosa foram palcos dos duelos decisivos.
Teve também ineditismo do uso do árbitro de vídeo (VAR) em competições nacionais, além de novos patrocinadores conquistados.

Vale destacar que em 2020, todos os 137 jogos foram transmitidos, tanto na TV aberta e fechada, quanto nas plataformas de streaming. Mais um feito inédito.
Do lado da CBF, além do apoio financeiro com a logística dos jogos, a entidade financiou todos os testes das 16 equipes para detecção do novo Coronavírus. Como, claro, a pandemia obrigou a paralização do futebol nacional, a Confederação repassou aos clubes um aporte financeiro de 120 mil reais para manutenção dos times.
“Acho que o legado para 2021 foi essa segunda fase, os avanços que a gente teve com o VAR, os principais estádios, o prêmio da Craque da Partida”, destacou, a Coordenadora de Competição Femininas da CBF, Aline Pellegrino, à CBF.
“Para o ano que vem [o objetivo] é a manutenção de tudo que conquistamos na segunda fase e se conseguirmos replicar em alguns momentos da primeira fase em jogos específicos, em um clássico, por exemplo, ou em momentos diferentes, vamos fazer até que, com o tempo, tenhamos nas 15 rodadas”, concluiu Aline.

Ao todo, 16 grupos disputaram o Brasileiro feminino, sendo sete equipes da Série A do Campeonato Masculino: Corinthians, Santos, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Grêmio e Flamengo.
Que 2021 seja ainda mais generoso com o futebol feminino e com o mundo.
Feliz ano – e continuem usando máscara.