Chorar ou não chorar

Foto: Reprodução

Hoje tive sérias dúvidas entre escrever ou não escrever neste espaço do qual me orgulho muito!

E por respeito ao compromisso decidi engolir as lágrimas e me lançar ao trabalho, sem medo!

Mas não é fácil, quando muitos pontos de interrogação frequentam a minha cabeça. Um deles: se minhas crenças forem verdadeiras, de que a morte não existe, é só uma mudança de endereço após cumprimento de missão na terra, porque a morte de pessoas queridas nos afetam tanto?Ah…já sei!

Ele era especial! Roberto Carmona, 86 anos, quase todos trabalhando em rádio, em várias delas, com o mesmo talento, seriedade e companheirismo que alguém pode ter. E estava na ativa, com sua eterna bermuda, uma autorização conseguida à duras penas, mesmo alegando ter problemas vasculares que o impediam de vestir calças por tanto tempo!

E nos deixou ontem!

Informações preliminares dão conta de que contraiu uma infecção generalizada, depois de uma cirurgia de coluna…

Chorar ou não chorar, plagiando Shakespeare na tragédia de Hamlet, “ser ou não ser, eis a questão”, uma das frases mais famosas da literatura mundial! E a dúvida aumenta quando lembramos outra frase discutida no mundo todo, do mesmo autor: “Choramos ao nascer porque chegamos neste imenso cenário de dementes”!
Sempre haverá alguém pra perguntar, então, se o mais certo seria chorar quando nascemos e rir quando morremos!

Não sei!

Mas não tive nenhuma vontade de sorrir, ao saber da despedida de um grande amigo, uma referência no jornalismo esportivo, um dos mais lonjevos do rádio do Brasil…

Era todo orgulhoso de sua cidade, Arapongas, falávamos muito sobre, já que morei um tempo em Arapongas…

Peço desculpas se me prolonguei, mas Carmona era tão amado e tão respeitado, que eu ficaria horas falando dele e questionando minhas próprias convicções, pela dor que o fim representa!

Então os empates de Bragantino 2×2 Palmeiras; Corinthians 2×2 Internacional, Flamengo 1×1 Ceará, e outros que decepcionaram seus torcedores, ficaram em segundo plano…

Desta vez, porque a roda que gira o mundo é implacável, a vida continua, e “o show já terminou” é só um grande sucesso do “Rei” Roberto Carlos.

Mas o legado de Roberto Carmona fica, o ser e fazer tudo e mais um pouco para conquistar amor e respeito, tanto que estava na ativa, prestigiado e mantido pela rádio Transamérica.

Até mais ver, Roberto Carmona!

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