Jovens manifestando-se (VII)

Foto: Miguel SCHINCARIOL/AFP

O Machismo no Esporte

            Durante muito tempo as mulheres foram reprimidas, não só no esporte, mas também em muitos outros aspectos, e agora mesmo estando no século XXI não pense que isso mudou. A luta por direitos iguais não para e mesmo sendo aos poucos, cada dia mais as mulheres conquistam seu espaço nas atividades do nosso cotidiano.

Mesmo existindo essa luta, certas coisas que as mulheres não são bem vista fazendo por “não serem coisas de mulher” acabam sendo deixadas de lado, como por exemplo, no futebol, que são deixadas como gandulas pois “elas não tem habilidade com a bola como os homens”.

O futebol feminino está presente no Brasil, porém todos sabemos que é muito desvalorizado e muitas vezes esquecido pelas pessoas e ignorado pela mídia. Na televisão e no rádio nós apenas ouvimos dizer sobre o futebol praticado por homens e raramente vemos algo sobre o futebol feminino, que quando televisionado ou é Copa do Mundo ou são em canais de televisão fechada.

Claro que as mulheres não são excluídas/desvalorizadas apenas no futebol, no basquete também ocorre a mesma situação, porém, é ainda mais marcante a invisibilidade que ocorre. Dificilmente vemos algo a respeito de basquete na televisão brasileira, e quando é visto sempre está sendo praticado por homens e nunca por mulheres, mesmo sendo pouco televisionado no Brasil.

Além da ausência ou da pouca presença de mulheres em muitos esportes, certos esportes em que a mulher participa acaba sendo fetichizados, um exemplo muito claro disso é o MMA, onde é muito nítido esse assédio e falta de respeito. No MMA, as lutas praticadas por homens geralmente existe uma mulher com o cabelo até a bunda e um padrão de beleza aceitável, utilizando pouca roupa, que sobe até o ring com uma placa nas mãos anunciando o round e fazendo todos os homens na plateia aplaudirem, assoviarem e gritarem.

Mesmo no MMA praticado por mulheres essa fetichização também ocorre, por serem duas mulheres com roupas curtas lutando entre si no meio de todos.

Não devemos generalizar todo o preconceito que ocorre com as mulheres vindo de todos os homens, pois sabemos que apesar disso tudo existem pessoas que são contra isso e lutam para tentar melhorar a visibilidade e os direitos das mulheres tanto no esporte quanto fora dele.

A nossa luta não para e devemos abordar cada vez mais esse assunto, que é pouco retratado com o outro e tentar, sempre que pudermos, conscientizar-nos a respeito do que ocorre embaixo de nosso nariz, dia após dia, e são tratados como comum de ocorrer.

 

Juliana Aguirre

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