Jovens apresentando suas vivências com a Educação Física Escolar

Recentemente, a prática de esportes na instituição escolar tem sido bem diferente do que alguns anos atrás, desviando do seu objetivo, que consiste em retratar a Cultura Corporal de movimento, visando cuidar do corpo, seja mentalmente, emocionalmente, esteticamente etc. Além disso, deve-se criar uma interação entre os alunos e levá-los a saírem da rotina sedentária.

Essa divergência muitas vezes é criada pelo próprio professor, onde apenas exige esportes como: o futebol, no qual apenas os meninos participam; o handebol, só as meninas jogam e a queimada, onde finalmente tem a participação geral. Desse modo, não há uma boa interação, fazendo os alunos se tornarem competitivos e egocêntricos. Muitas vezes alguns alunos deixam de participar da aula por não se adaptarem a determinado jogo, e se sentem incapazes de realizar a tarefa.

Essa prática imprópria aconteceu comigo durante os 9 anos do ensino fundamental em escola particular, onde pouquíssimas vezes ocorria algo diferenciado com por exemplo na época das olimpíadas envolvendo salto a distância, corridas, obstáculos, etc.

Diante minha experiência, acredito que o conceito de Educação Física precisa ser revisado em muitas escolas, aplicando atividades onde todos possam participar, causando empatia e alertando os alunos dos perigos que as práticas incorretas de alguns exercícios pode lhes proporcionar, além do mau uso de anabolizantes, que vim conhecer há pouco tempo.

Texto da aluna Thayná Gomes, primeira série do ensino médio.

Daniel Carreira Filho

3 comentários

  1. Querida, Thayná:

    Essa baixa qualidade das aulas de Educação Física nas escolas não depende só das mesmas, ou só do educador responsável por elas, mas sim pela qualidade e boa vontade de ambos.

    Em todo começo de ano o educador tem que apresentar à escola um Planejamento de Ensino, que pode ser aprovado, ou não. Como a maioria das escolas não apresenta, por exemplo, uma Caixa de Saltos, usada no atletismo para as provas de Salto em Extensão e Salto Triplo, o educador pode ter duas condutas:

    Não colocar tais modalidades no seu planejamento, ou colocá-las, por exemplo, para serem dadas à partir do segundo trimestre. É ai que entra a boa vontade das duas partes, pois não é nem um pouco difícil construir uma caixa de saltos ao lado de uma quadra, já que basta um espaço aproximado de 2,5 x 24 metros. que, com um pouco mais de boa vontade de ambos, pode também servir para as modalidades de Salto em Altura e Salto com Vara, desde que haja um bom espaço para guardar alguns pneus de carro e vários colchonetes.

    Nas demais modalidades esportivas não é diferente, pois o planejamento do educador parte do princípio que só terá alunos leigos no assunto e trabalhará com os fundamentos necessários ao aprendizado da modalidade. Dai pra frente, restará também ao aluno ter um pouco de boa vontade para dispor-se ao menos a aprender para depois decidir se se terá sucesso ou não em tal modalidade.

    Como a qualidade dos educadores, tanto físicos quanto administradores escolares, caiu vertiginosamente nas últimas décadas, essa sua situação é bastante explicável, já que os educandos são apenas um espelho dos educadores e escolas a que estão submetidos.

    Nem todos os Educadores Físicos são assim como você vê e nem todos os educandos têm essa boa vontade toda que você tem.

    Caro Daniel:

    Fazer esta resposta chegar à Thainá dependerá apenas da sua competência como blogueiro, já que como educador sempre foi indiscutível.

    1. Olá professor Dalton
      Sua mensagem, após ser postada, será lida pela Thainá e todos que acessarem o Blog.
      As questões que levanta e que representam parte da realidade vivida são relevantes e pertinentes.
      Aproveito a provocar um novo acesso seu ao blog e buscar pelo BLOG Os Espaços para a Educação Física da Escola: a quadra (1),e emitir sua competente observação sobre o que lá está posto.
      Abraços

  2. Acredito que as dificuldades em propiciar experiências lúdicas e diversificadas, vão além da questão de gênero, “meninos jogam futebol e meninas handebol”. A questão cultural; social; motivacional por parte dos professores, devido baixos salário, violência nas aulas. O problema de ter experiências péssimas é bem mais complexo, não adianta aponta um culpado, mas sim um conjunto de fatores que contribui para essas experiências não bem sucedida.Acredito que as dificuldades em propiciar experiências lúdicas e diversificadas, vão além da questão de gênero, “meninos jogam futebol e meninas handebol”. A questão cultural; social; motivacional por parte dos professores, devido baixos salário, violência nas aulas. O problema de ter experiências péssimas é bem mais complexo, não adianta aponta um culpado, mas sim um conjunto de fatores que contribui para essas experiências não bem sucedida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *