Escola, Educação Física, Esporte e Jogos Olímpicos

No final dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, vemos e ouvimos as mesmas análises que ocorrem no final destes eventos, diga-se de passagem valorosos quando se observam sua condução, a superação humana e sua interpretação como resultado de anos de preparação, esforço e orientação.

Neste momento, proponho aos leitores que, com os recursos da tecnologia digital presente, busquem retonar nos anos e analisarem as reportagens após tais eventos e constatar que as críticas residem nos mesmos aspectos: ausência de apoio aos particantes do esporte de alto nível e representativo da nação, a presença das empresas apoiadoras apenos no ano olímpico, a busca por novos talentos (chamados de esportistas da base) e o que mais nos decepciona, a tentativa de atrelar o resultado esportivo ao ambiente escolar como celeiro de novos talentos para o esporte.

Os olhares se voltam para o seio das escolas como se nossas crianças fossem objeto do desejo dos esportes e não, exatamente ao contrário, pelo interesse destas em se apropriarem das práticas da cultura corporal de movimento, dela usufruírem o que desejarem e optarem. Se nos dedicarmos a analisar com mais profundidade, como faríamos na escola, por exemplo, canoagem, tiro, saltos ornamentais e tantas outras possibilidades da cultura corporal de movimento que, de fato, estão muito distante do ambiente escolar.

AO destinar nossos olhares para as escolas devemos buscar ver, apoiar e incentivar pessoas com diversidade de opções e não com olhares apenas para o esporte olímpico, ou não

Daniel Carreira Filho

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