Nossa Educação Física Escolar passou por transformações ao longo dos últimos anos, muito especialmente a partir dos anos de 1980. Os significativos avanços foram gradativamente apresentados aos alunos da Educação Básica Nacional pelos professores que, em sua formação inicial (licenciatura) ampliaram seus olhares para muito além dos esportes, ginásticas, lutas e atividades expressivas.
Um ponto que merece atenção é a questão dos preconceitos que fazem parte do cotidiano escolar em todas as escolas. Como apontamos em texto anterior, tínhamos o corredor polonês, entre outas tantas mazelas.
Os leitores deste espaço certamente tiveram experiências as mais distintas com a Educação Física Escolar mas, um exemplo certamente estará presente em suas memórias.
Quando era organizado o momento de jogos nas aulas, sejam eles quais forem, os mais hábeis eram escolhidos pelo docente e estes estabeleciam, pelo par ou ímpar, a sequência da escolha dos membros de sua equipe. Aparentemente uma atitude democrática e distibutiva dos mais hábeis igualmente entre os grupos.
Vocês devem lembrar quem eram os últimos a serem escolhidos. Os menos hábeis (logicamente) e os naturalmente excluídos ou vítimas de xacotas por suas características pessoais (obesos, por exemplo), suas dificuldades motoras (os lerdos) ou qualquer outro meio de inibir a participação (vide os gordinhos que, no futebol, eram colocados no gol, quando não ponta esquerda caindo para gandula – aquele que pega na bola quando está fora do jogo).
E, infelizmente, nenhuma atitude docente era tomada e, em alguns casos, os tratamentos equivocados eram incentivados por estes.
A Educação Física Escolar deve ser para todos e respeitadas as caracateristicas individuais.