Em um dos textos anteriores em que nos posicionamos, uma vez mais, quanto ao equivocado tratamento metodológico que é dispensado ao esporte no seio do componente curricular Educação Física, recebemos a crítica do professor Fernando Vitor Lima com o seguinte teor:
Perspectiva histórico-critica-pedagógico-filosófica-blá blá blá. Ao longo dos últimos 30 anos não contribuiu nada, concretamente, para valorizar a EF nas escolas e, principalmente, o seu reconhecimento social. Só contribuiu para a “desesportivização” da EF na escola, demonizando o esporte e prejudicando quem tenta ensiná-lo de maneira positiva.
Em nenhum momento desejamos desqualificar o Esporte, sua inserção no seio da instituição Escola ou a ele atribuir qualquer tipo de demonização. A questão que buscamos, insistentemente, reafirmar é a necessidade de adequação das estratégias oriundas das modalidades esportivas quando postas à serviço das finalidades da Educação Básica Nacional. Cabe ressaltar que o componente curricular Educação Física se encontra na área das Linguagens na Base Nacional Comum Curricular e esta inserção amplia de forma altamente significativa sua responsabilidade na formação do cidadão e cidadã brasileiros.
Em uma perspectiva muito simplista de que a Educação deve ser para todos e adequada à realidade vivida de cada pessoa inserida/inclusa no processo de formação escolar, não há como continuar vivenciando escolas que substituem as aulas de Educação Física Escolar por visitas a academias, suprimem o número de aulas alegando serem supérfluos os saberes desenvolvidos por este componente ou , como é ainda mais comum, permitem que professores façam de suas aulas um mero “Rola Bola” ou, selecionem os que “podem” ou “desejam” participar, como se fosse possível ou aceitável que um aluno determine qual componente curricular desejar para sua formação e que os mais hábeis a recebam para participar de competições esportivas (ou mesmo as olímpiadas de Matemática, por exemplo).
Provocando ainda mais, como justificar a existência de apenas algumas poucas (quatro) modalidades esportivas ao longo de 12 anos da escolarização básica formal?
Uma rápida conta: 12 anos, 40 semanas de aulas, 2 aulas por semana, nos remetem a 960 encontros formativos. Assim sendo, como justificar que as vivências estejam limitadas a quatro modalidades, abandono dos menos hábeis e o processo de elitização.
Por fim, temos notícias de inúmeros professores que atuam na Educação Básica Nacional e que superam as mazelas oriundas da equivocada inserção/obrigação da metodologia do esporte espetáculo no seio da escola. Muitos, mas muitos mesmos, após a denominada “Crise da Educação Física Brasileira” vivida nos anos de 1980.
Belo post, professor Daniel Carreira. As aulas de Educação Física sofrem o fenômeno do “rola bola”, isso precisa ser mudado urgentemente.
Precisamos fazer com que o aluno se insira na cultura corporal de movimento, tendo uma reflexão crítica sobre os aspectos que envolve as práticas corporais.
A Educação Física NÃO é ensinar esporte, é tratar pedagogicamente com as práticas corporais.
Olá, Ian
Sem dúvida há que se transformar a realidade vivida, ainda, em alguns espaços de educação.
Grato pela contribuição, mande novas provocações para o Blog. Abraços