Por falar em movimento

Em texto anterior provocamos os leitores e leitoras sobre as limitações culturais impostas aos recém nascidos e que se prolongam até os primeiros meses de vida. Vamos a alguns fatos ou atos….

No passado quando do nascimento de uma criança ela era colocada distante de sua mãe. Hoje falamos em alojamento conjunto, em “mães canguru” (o filhotinho fica por muito tempo após nascer em contato direto com a mãe, inclusive os mamilos estão dispostos de forma a produzirem diferentes tipos de leite em função da idade do bebê canguru, ainda mais, eles têm acesso apenas a níveis distintos dos mamilos), aleitamento materno exclusivamente ao peito por, no mínimo, seis meses e outras atenções à criança e à mãe.

Há, certamente os leitores e leitoras já conhecem o tema, a preocupação com o “falar com o bebê” ainda no ventre materno de forma a oferecer-lhe os primeiros contatos, amores e carinhos.

Interessante é observar que poucos são os familiares (pais,avós e tios e tias) que compreendem a importância da atenção ao bebê, os atos de falar com eles com frequência, fazer-lhes carícias durante o banho (“massagens” no abdômen, por exemplo), favorecer a liberdade de movimento destes pequeninos colocando-os no solo (obviamente protegido) de forma a permitir movimentos, cores e objetos para serem observados, “provocar” o bebê sistematicamente.

É através do movimento que nos comunicamos com o mundo que nos cerca. É através do movimento que aprendemos, evoluímos, descobrimos novos e desafiadores caminhos para e pela vida.

Há, sem dúvida, inúmeras possibilidades para oferecer movimento de aprendizado para os bebês e ter, como resultado, um melhor e apropriado domínio deles sobre o mundo e a ampliação das aprendizagens.

Cercear movimento, com a suposta preocupação da segurança, não se traduz em uma estratégia adequada para estes pequeninos. Há que se encontrar formas seguras de permitir, motivar e criar desafios aos movimentos com liberdade.

Você já ouviu falar em Ginástica para Bebês e Matroginástica?

Daniel Carreira Filho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *