Muito próximos de mais uma retomada, embora essencialmente simbólica em nossas vidas, nos alimentamos de esperanças, desejos e amorosidades que nos conduzem nos últimos dias de cada ano vivido, intensamente vivido.

Lembramo-nos dos amigos e amigas que fizeram parte de nossa jornada de vida, nossos desafios, vitórias e derrotas e, a eles, tomamos o cuidado de desejar que tenham muitas felicidades ao lado de seus amores.

Desejo, até infantilmente, que deveríamos ter mais Natais e Anos novos ao longo de nossas vidas coletivas, talvez um a cada mês. Quem sabe, assim, teríamos mais oportunidades de conviver com alegrias, avanços, sonhar sonhos acordados e ter um mundo muito melhor para todos.

Sonhar com um mundo melhor não deveria ser um “desenho animado” em nossas vidas que, como a maioria deles, desaparece como mágica em meio à realidade vivida. Lembrei-me, quando este texto escrevia, da animação “dia dos Mortos”, uma produção mexicana que traduz a lembrança que temos das pessoas a quem amamos, ainda que tenham ido para além. A animação nos fala em não esquecermos das pessoas e não que lembremos delas, não é?

E, principalmente, que devemos ter lembranças e não esquecimentos dos que estão ao nosso lado neste mundo, repleto de dificuldades, mas, também, inundado por amores de toda ordem.

Algumas dessas pessoas, que não delas nos lembramos, pelo simples fato de não as esquecer em nossa jornada, ainda que fisicamente distantes.

Assim, caros leitores, torço para que não se lembrem de ninguém uma vez que os mantém vivos em seus pensamentos e amorosidades intensamente vividas.