
O placar sem gols não expressou o grande pega disputado entre Flamengo e Palmeiras, nessa quarta-feira, em um Maracanã com quase 70 mil pagantes (com torcida única). Partida em alto nível técnico, embora esse seja o terceiro jogo do Alviverde sem vitória no Brasileirão, o que já chega a preocupar. Próximo adversário: Corinthians, na Neo Química Arena, sábado. Que dureza.
Um primeiro tempo eletrizante. O Fla atacando em bloco, usando as laterais e o meio campo criativo demais, com Arrascaeta no comando. Do lado do Verdão, um contra-ataque veloz e perigoso demais, com Dudu, Raphael Veiga e Rony. E as chances de gol foram surgindo, uma atrás da outra.
GOLS PERDIDOS
Gabigol mandou para as redes de Weverton. No entanto, estava em impedimento. Nem precisou de VAR. Aí, então, o Palmeiras respondeu a altura. Dudu deixou Raphael Veiga frente a frente com o goleiro Hugo. Meia ganhou a dividida e perdeu gol feito. Dudu ainda tentou de fora da área e a bola, caprichosa, raspou o travessão. Seria um gol de placa.
Na sequência, Rony foi travado na hora “h” por Felipe Luiz. Para mostrar força e pôr ordem na casa, Lázaro rolou para, Arrascaeta. Uruguaio se atrapalhou com a saída do goleiro palmeirense, de “carrinho”, acertou o poste esquerdo. Era um “toma lá” e “dá cá”. Intensidade mil. Equipes se entregaram totalmente em busca de um resultado positivo.
ARRASCAETA NO POSTE
O meio campo rubro-negro estava mais coeso. Ganhava todas divididas no setor e buscava a referência ofensiva encarnada em Gabigol. Zé Rafael e Danilo, porém, estavam impecáveis na marcação. Gabigol e Arrascaeta penetraram pelo miolo na base da tabelinha. Weverton saiu em cima.
Arrascaeta, outra vez pelo meio, arriscou quase da intermediária e acertou o poste esquerdo palestino. Gustavo Scarpa, então, recuou para o grande círculo tentando equilibrar as ações. Piquerez cruzou, Dudu ajeitou e Danilo mandou no ângulo. Hugo fez um “milagre”, espalmando para escanteio.
PRESSÃO FLAMENGUISTA
A partida ficou mais cadenciada na etapa final. E, com isso, apareceram as individualidades. Nesse quesito, o Mengo levava vantagem. Time do técnico Paulo Souza subiu a marcação e empurrou o Alviverde para o próprio campo. Acuado, Verdão errava muitos passes.
A pressão flamenguista era forte, porém nada objetiva. Abel Ferreira fechou-se em copas, passando a explorar os erros do adversário, uma falha de marcação, um erro na saída de bola. Paulo Souza perdeu a paciência e colocou Marinho no lugar do garoto Lázaro. Experiência no gramado.
BATEU CANSAÇO
Arrascaeta continuou testando Weverton de longe. Sem sucesso. Abel sacou Gustavo Scarpa e pôs Gabriel Veron. Tentativa clara de ajeitar o contra-ataque outra vez. Os dois times cansaram, na verdade, e o espetáculo ficou devendo um pouco.
Isla cruzou para Arrascaeta, que bateu de primeira. Pelota tinha endereço certo e Murilo salvou, bem colocado. Abel tirou Dudu e apostou em Breno Lopes. William Arão acertou uma “bomba” de fora da área e Weverton espalmou. Mostrou elasticidade. Navarro e Jailson vieram. Saíram Veiga e Dudu. Equipes se resguardaram e ficou tudo igual.
É tenho dito!