Folga na Libertadores, drama no Brasileirão

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Palmeiras pode estar indo bem na Libertadores. Porém, no Brasileirão vive um drama. Nesse sábado à noite, empatou com o Goiás por 1 a 1, na bacia das almas. O técnico Jair Ventura armou uma “arapuca” para o patricio Abel Ferreira e partida engrossou uma barbaridade. Os dois times vinham de derrota na primeira rodada e agora somam um mísero pontinho na classificação geral. O gol do time goiano coube a Caio Vinicius.

O time do portuga foi logo mostrando os dentes. Primeiro, Dudu deixou Raphael Veiga na nara do gol. Tadeu espalmou com a pontinha dos dedos. Em seguida, escanteio pela direita, Dudu visa o canto oposto, de novo Tadeu salvou. Bola ainda acertou o poste direito e perdeu-se para linha de fundo. Não parou por aí. Zé Rafael, de novo pela direita, chutou cruzado, dessa vez para fora.

MARCAÇÃO FORTE

O Goiás respondeu com Apodi. Gustavo Gómez falhou, Apodi chegou de surpresa e Weverton fez defesa de puro reflexo. Verdão devolveu a gentileza duas vezes seguidas em chances do zagueiro Murilo. Tadeu atento, evitou a abertura do placar. Equipe da casa, tecnicamente inferior se virava como podia diante do volume de jogo adversário.

Curiosamente, os dois times utilizaram bastante os lados direitos do campo. O Alviverde, com Dudu e o Esmeraldino com Apodi, atuando mais no ataque, como se fosse um ala. Bem marcado, Navarro estava sem mobilidade. Enquanto que a equipe da casa, mal conseguia passar do grande círculo. Se preocupou e se defender.

MURALHA ESMERALDINA

O desafio do portuga palmeirense era derrubar a muralha humana armada pelo técnico Jair Ventura da intermediária goiana para trás. Era um rigoroso 5-4-1 intransponível, bem armado e aplicado rigidamente pelos jogadores, quase todos na campanha da temporada anterior, quando o subiu da Serie B para a Série

Na etapa final, pouco se alterou o panorama da partida. Goiás precavido e o Palmeiras buscando brechas para abrir o placar. Fellipe Bastos cobra escanteio pela esquerda,  Reynaldo cabeceou e Weverton encaixou. Só na bola parada, time de Ventura chegou a ameaçar.

CAIO, GOL DO GOIÁS 

Falta pela direita, Fellipe Bastos cobrou com efeito e Weverton espalmou para evitar problemas. Em um lance que começou pela esquerda. Apodi ajeitou de cabeça, Pedro Raul mandou no canto direito, Caio Vinicius entrou de “carrinho”, dividiu com o goleiro alviverde. VAR checou e validou. Gol de Caio, 1 a 0. Alviverdes reclamaram demais.

Portuga mudou. Deixaram o gramado Veron e Piquerez para as entradas de Gustavo Scarpa e Rony. Verdão reagiu. Raphael Veiga descobriu Rony sem ninguém a em cima e bateu para fora. Ventura “engessou” o time do Abel, que tinha dificuldades na criação e finalização.

JOGO DURO

A posse de bola era toda palmeirense. Time goiano na expectativa daquela jogada fatal para definir o resultado. No entanto, Verdão buscava o empate em ritmo frenético. Vieram Wesley e Jailson e deixaram o gramado Zé Rafael e Dudu. Isto é, as alterações de sempre, na vitória ou na derrota.

Raphael Veiga lança Wesley, pressionado na hora “h” pelo zagueiro. Ventura fez várias substituições e retrancou-se ainda mais. Danilo falhou, Vaguinho cruzou e Renato Junior tocou de leve. Weverton salvou o segundo. Atuesta entrou e saiu Marcos Rocha. Desencontrado, Palmeiras ia de mal a piores. Scarpa teve chance e perdeu.

RONY SALVOU A PATRIA

No último minuto da prorrogação, escanteio pela direita. Aconteceu falta de Gustavo Gómez no goleiro Tadeu. Lance seguiu e Rony deixou tudo igual. VAR checou o lance. Demora para a definição. E gol confirmado, 1 a 1. Verdão foi para cima e reclamou toque de mão do defensor local. Arbitro assinalou impedimento.

Dois gols polêmicos, porém placar justo. Equipe do portuga, quando tem os principais jogadores anulados pela marcação, sofre mais do que o necessário. Campeonato brasileiro é diferente da Libertadores, onde o Palmeiras pegou um grupo fraco e tem se mostrado bem superior. No Nacional, cada partida vale três pontos e ninguém quer perder.

E tenho dito!