Avanti Azurra!!!

Foto: Michael Regan/AFP

A Itália sagrou-se bicampeã da Eurocopa ao derrotar a Inglaterra nos pênaltis por 3 a 2, no Estádio de Wembley. No tempo normal, 1 a 1, gols de Shaw e Bonucci. Na prorrogação,  0 a.0. O herói italiano foi o goleiro Donnarumma, com papel decisivo nas penalidades. Apesar da intensidade das duas equipes, pelo contexto da obra, os italianos mereceram a grande conquista. O técnico Roberto Mancini mudou o conceito defensivo, tradicional da Azurra, para um mais ofensivo, sem ter um craque na equipe. Prevaleceu o coletivo.

Com certeza não é o melhor futebol do planeta. Longe disso. Porém, é o mais organizado tática e tecnicamente sem dúvida. O primeiro tempo mostrou um time inglês conservador, na base do 5-4-1, diante de uma equipe italiana dona de um estilo coletivo, com toques de bola rápidos e triangulações quase perfeitas.

GOL DE CARA…

A Inglaterra deu sorte. No primeiro lance agudo, saiu na frente. Kane tocou para Trippier. Desmarcado, cruzou na medidapara o o ala do lado oposto (da esquerda) e Shaw detonou, 1 a 0. Um balde de água fria no esquema do técnico Roberto Mancini que, com absoluta certeza, esperava que acontecesse o inverso.

Depois foram mais de 45 minutos e domínio total da Azurra. O adversário armou uma retranca fortíssima e ficou na espera por uma bola. A bem da verdade, isso não aconteceu. Italianos chegavam fácil até os limites da grande área e paravam no “paredão” armado pelo treinador Gareth Southgate. As principais chances para a Azurra caíram nos pés de Chiesa.

EMPATE NA RACA

Para a etapa final, Mancini teria de mexer taticamente na Itália. Chegar ao empate de qualquer maneira. Logo de cara, fizeram um sanduiche em Sterling dentro da pequena área. Árbitro nem deu bola. Mancini chamou Cristante no lugar de Immobile. Berardi também entrou. Foi embora Barella. Insigne teve ótima oportunidade para empatar e o goleiro Pickford espalmou.

Na individualidade, Chiesa penetrou pela esquerda e bateu forte. Pickford defendeu com a palma da mão. Ingleses responderam em cobrança de escanteio e cabeceada de Stones. Donnarumma tocou de ponta de dedos por cima. Pressão total da Itália. Depois de um bate-rebate, Bonucci pegou o rebote do goleiro e deixou tudo igual, 1 a 1.

No tabuleiro de xadrez, Gareth sacou Trippier e pôs Sara. Mudou da postura defensiva para um pouco mais ofensiva. Bonucci lançou Berardi, que tocou por cima. Grande chance. Técnico inglês mudou de novo. “Goodbye” Rice e “let’s go” Henderson. Jogo passou a ser disputado. Resultado em aberto.

Kiesa, o melhor da Azurra, deixou o campo contundido. Mancini apostou em Bernardeschi. Torcedor invadiu o gramado. O cara deu um baile nos policiais e acabou preso. Fim dos 90 minutos regulamentares. Moral da história: prorrogação.

MAIS 30 MINUTOS 

Mancini tirou Insigne e colocou Belotti. Locatelli também entrou. Inglaterra pôs fogo no jogo. A principal arma era o camisa 10 Sterling. Itália com jogo lento, cauteloso. Gareth contra-atacou com Grealish, um jogador ofensivo. Agora, o recuo era italiano. Sem pressa nenhuma. Mesmo assim, Bernardeschi ameaçou em lance de área.

E lá veio o segundo tempo da prorrogação. Bernardeschi, de falta, deu trabalho para Pickford. Entrou Florenzzi e foi embora Emerson. Jogadores estavam visivelmente cansados, extenuados pelo ritmo intenso de jogo. Rashford e Sancho fortaleceram o time inglês. Os gols não saíram e decisão foi para os pênaltis.

TUDO OU NADA 

Verardi, 1 a 0; Harry, 1 a 1; Bellotti, pegou Pickford; Magai, 2 a 1; Bonucci, 2 a 2; Rashford, na trave; Bernardeschi, 3 a 2; Sancho, espalmou Donnarumma; Jorginho, Pickford também salvou;  Sara, Donnarumma defendeu e deu a Eurocopa para a Itália.

E tenho dito!