
Por causa de uma irresponsabilidade de Gabriel Jesus, o Brasil venceu o Chile por 1 a 0, nesta sexta-feira à noite, no estádio Nilton Santos, no maior sufoco. O ex-palmeirense foi expulso logo após o gol de Lucas Paquetá e deixou a seleção 50 minutos com um homem a menos. Tite fechou a porteira e garantiu o resultado, aliás, o que sabe fazer muito bem. O adversário da semifinal será o Peru, na próxima segunda-feira.
A seleção entrou em campo com uma formação bem ofensiva, pelo menos no papel. Estavam juntos Neymar, Firmino, Gabriel Jesus e Richarlisson. Era um 4-2-3-1, variando para um 4-2-4. Chile em um rígido 4-5-1, com marcação forte e distribuindo pancadas a torto e a direito para segurar os jogadores adversários.
Na base do talento, Neymar “quebrou a linha” chilena. Passou pelo zagueiro e cruzou. Firmino tentou um “carrinho” e chegou um segundo depois. Na sequência de uma falta cobrada pelo camisa 10, Vargas disparou em contra-ataque e obrigou Ederson a fazer ótima defesa.
Chile surpreendeu pelo bom futebol. Saia em velocidade toda hora que recuperava a pelota. Nem de média distância, brasileiros ameaçavam. Danilo, de fora da área, arriscou e errou feio. Seleção lembrou uma “sanfona”, abriu e fechou ao ter posse de bola. Parecia com pressa. Essa afobação impediu um maior domínio da Canarinho.
O Brasil soltou-se a partir dos 35 minutos e criou ótimas oportunidades. Gabriel Jesus recebeu de Firmino e cruzou. Neymar passou da bola. Em seguida, ele mesmo achou Jesus pelo meio. Atacante bateu forte e Cláudio Bravo espalmou para escanteio. Lance perigoso. O melhor conseguido pelo Brasil no primeiro tempo. Partida dura e disputada.
Na etapa final, Tite sacou Firmino e colocou Lucas Paquetá. No primeiro lance, o ex-flamenguista tabelou com Neymar (que de taquito lhe devolveu a pelota). Paquetá bateu e fez 1 a 0. Na base da infantilidade, Gabriel Jesus deu uma pegada violenta em Mena. Foi expulso na hora e com razão. Irresponsabilidade total do ex-palmeirense.
Como iria reagir a seleção de Tite com um a menos? A posse de bola ficou quase sempre com os chilenos. Neymar também estava de cabeça quente. Deu entrada feia no adversário sem necessidade. Brasileiros com nervos a flor da pele.
Chile até fez um gol. Arbitragem anulou e o VAR revisou. Para variar, demorou demais. Brasil recuado total, na espera daquela famosa “uma bola”. Neymar arrancou sozinho e foi prensado na hora “h”. Resposta chilena veio com cabeçada de Mena no travessão.
Menezes se aproveitou de uma sobra e obrigou Ederson a tocar por cima. Vieram Éder Militão e Cebolinha. Daí para o final, os chilenos tiveram o domínio da partida, porém sem finalização. Já o Brasil isolou Neymar no ataque e se fechou lá atrás. Deu certo e a seleção brasileira chegou à semifinal da Copa América aos Trancoso e barrancos.
E tenho dito!