
Foram apenas dois jogos. Contra Ceará e Atlético Paranaense. E já deu para perceber a influência de Daniel Alves sobre o elenco, comissão técnica e torcida. Na estreia, marcou um gol. Na partida seguinte, esteve aquém do futebol que sempre pratica, mas liderou o time como se fosse o “dono dos bois”. Ou seja, pelo menos quando estiver em campo, Dani será duplamente útil. Um fora de série com a bola nos pés e um “pensador” preocupado com o aspecto tático.
É difícil encontrar um atleta com esses predicados no mercado. Na verdade, Dani caiu do céu no Morumbi. Foi iniciativa dele próprio aceitar esse desafio e mostrar para todo planeta ser o cara certo no lugar correto. Não quero colocar lenha na fogueira, mas espero que não desperte o ciúme no técnico Cuca. Já deu para perceber o jeitão do craque. O técnico manda fazer uma coisa e no calor do jogo, se precisar, ele muda tudo, na maioria das vezes para melhor.
Foi assim no Corinthians com Ronaldo Fenômeno e o treinador Mano Menezes. Contra o Internacional RS, no Pacaembu, pela Copa do Brasil 2009, Mano deu uma preleção de quase 40 minutos. Antes de a equipe subir para o gramado, o Fenômeno reuniu todos e mudou tudo: “Joga a bola em mim que eu resolvo”. E resolveu mesmo. Fez um gol do placar de 2 a 0 (outro de Jorge Henrique).
Dani está nesse patamar. Além das ordens do técnico. Tem autonomia de vôo.
Afinal, craque é craque.
E tenho dito!