Jogar sob uma temperatura de 4º, por si só, já é um tremendo sofrimento. Músculos congelam, dentes rangem e mãos ficam adormecidas. Agora, perder de virada para um equipe pior é um castigo indescritível. Pois é, essa acabou sendo a história de amor e glória, paixão e tragédia para pouco mais de 9 mil corajosos torcedores são-paulinos, neste sábado à noite, no Morumbi, quando viram o Tricolor ser derrotado por 2 a 1 pelo Atlético Paranaense, na maior injustiça até agora desse Brasileirão 2016.

Para se ter uma ideia, o Tricolor mandou quatro bolas na trave. No primeiro tempo, em cobrança perfeita de Maicon. Na etapa final, Ytalo recebeu no interior da pequena área e virou. A caprichosa da gorduchinha bateu em uma trave, correu sobre a linha do gol e bateu no outro poste. Alan Kardec desperdiçou gol feito no rebote. Furou na hora da conclusão. A quarta e última sobrou para Kelvin. Atacante disparou pela direita, cortou para o meio e bateu firme. No pau outra vez.

O São Paulo saiu na frente ainda no primeiro tempo, com gol de Maicon. Escanteio batido pela direita, zagueirão testou firme, depois de subir no “quinto andar”. O técnico Bauza também bobeou. Manteve o mesmo time enquanto, no intervalo, Paulo Autuori promoveu as entradas de Nicão, do Gordinho Walter e de Hernani. Equipe sofreu uma transformação tática ofensiva bastante importante. Nicão, por exemplo, atuou nas costas de Bruno. Já Walter deu muito trabalho para o jovem Matheus Reis.

O treinador argentino, assustado com o gol de empate de Otávio (cruzamento da direita, deixada de Pablo), tirou Ytalo e colocou Lucas Fernandes. Furacão, comendo pelas beiradas, cavou outro escanteio, agora pela esquerda. Hernani testou firme no primeiro pau e selou a sorte da partida. Pelo volume de jogo e chances criadas, São Paulo merecia pelo menos o empate.

Fazer o quê?

E tenho dito!