O Brasil lavou a alma contra a fraca seleção do Haiti em goleada histórica de 7 a 1 na Copa América Centenário, nesta quarta-feira, no estádio Citrus Bowl, em Orlando, Estados Unidos. Aqui entre nós o placar dilatado pouco importou. Valeu mesmo o jeito de a seleção se posicionar no gramado. Finalmente, o retranqueiro e medroso Dunga encontrou um esquema mais agressivo, principalmente na etapa final, quando abriu mão de todos os volantes e só atuou com meias, assim como fazem o Barcelona e o Bayern de Munique.

Isto é, no primeiro tempo a Canarinho entrou com Casemiro, Elias, Renato Augusto e Philippe Coutinho. Com toques de bola lentos, de pé para pé, seleção explorou erros dos haitianos que, aliás, foram muitos. O artilheiro da rodada inaugurou o massacre com um belo gol. Philippe Coutinho aproveitou-se de um erro de marcação, driblou o beque e mandou para as redes. Adversário sentiu a diferença de categoria. Depois, em lance pela direita, Jonas tocou de novo para Philippe ampliar: 2 a 0. De cabeça, Renato Augusto fechou a conta antes do intervalo, 3 a 0.

Aí, então, Dunga radicalizou. Baixou o espírito do Guardiola no sisudo gaúcho e vejam só as alterações: Elias por Walace; Jonas por Gabigol; Casemiro por Lucas Lima. Assim, Renato Augusto passou a ser o suposto cabeça de área, revezando com Walace. A equipe soltou-se, ficou mais leve e o resultado disso foram outros quatro gols. Gabigol recebeu de Elias e fez o 4º. Cruzamento da direita, Lucas Lima de cabeça deixou o 5º. O 6º saiu de uma arrancada de Renato Augusto, que bateu no canto do goleiro com categoria. O 7º uma pintura de Philippe Coutinho, como está acostumado a fazer de fora da área por cobertura.

O que agradou mais, a seleção do primeiro tempo ou a seleção do segundo? Sem dúvida a formação que terminou o jogo. Ok, ok, diria o meu amigo Nelson Rubens: eles fizeram o gol de honra com Marcelin. No entanto, a gorduchinha ficou por um bom tempo nos pés dos brasileiros. A tal de posse de bola hoje substituiu de longe a marcação e tem dado mais resultado sem dúvida.

Bem, agora, Dunga tem um agradável problema para resolver.

E tenho dito!