O primeiro GP da nova era da F1, com carros totalmente diferentes, trouxe de fato mais emoção no que diz respeito a disputa pela vitória. Afinal, a Ferrari, até então uma coadjuvante de luxo nos últimos anos, entrou forte na briga, fazendo a dobradinha com vitória de Charles Leclerc e Carlos Sainz em segundo.
Com um regulamento tão diferente, é fato que a Ferrari deve aproveitar as primeiras corridas do ano para largar na frente – quem não se lembra da Brawn GP em 2009?
A diferença é que Red Bull e Mercedes devem reagir – as três mostraram que estão bem acima das rivais. Max Verstappen e Sergio Perez abandonaram no final, mas poderiam estar no pódio e Max inclusive chegou a brigar pela vitória com Leclerc no meio da corrida.
Ainda é muito cedo para cravar a disputa pelo título, mas é ótimo saber que, se no ano passado a gente já celebrava a chegada da Red Bull para incomodar a Mercedes, agora ter três times diferentes e seis carros muito competitivos certamente dará um ar ainda mais especial a temporada 2022 da F1.
Já na disputa intermediária, Haas e Alfa Romeo certamente são as gratas surpresas, indicando que o motor Ferrari realmente é parte importante deste salto de evolução. Como mostramos em nosso programa Momento Velocidade com um bate papo com Pietro Fittipaldi após os testes no Bahrein, o piloto de testes da Haas indicava que os bons tempos registrados pelo time não eram um “blefe”.
Mganussen conquistou um merecido top-5 e Valtteri Bottas foi o sexto – posições que suas equipes jamais poderiam sonhar na temporada anterior. Alpine e Alpha Tauri também mostraram força, enquanto a grande decepção foi mesmo a McLaren de Lando Norris e Daniel Ricciardo. Pode ter sido só um final de semana difícil, mas é preciso reagir logo para quem estava justamente acostumada a ser a terceira força do campeonato.
O bom é que já teremos neste próximo final de semana mais respostas com o GP da Arábia Saudita, em um circuito de dinâmica bem diferente da prova deste domingo. Mas uma coisa é clara: a Ferrari não só entrou na briga com Red Bull e Mercedes, como já deu mostras de que o tão sonhado título para a equipe de Maranello pode vir em 2022 – façanhas que nos últimos anos campeões mundiais como Fernando Alonso e Sebastian Vettel não conseguiram.