
O final de semana de Interlagos foi marcado pelo encontro de duas categorias extremamente competitivas do automobilismo nacional, com pilotos renomados, mas que tem tamanhos bem distintos: os gigantes da Copa Truck, com caminhões que pesam até quatro toneladas, e os compactos carros da Copa Shell HB20, principal divisão de acesso de carros de turismo no Brasil.
O encontro foi promovido pelo Grupo Universal Automotive Systems, presente nas duas categorias, com Beto Monteiro na Truck e Gustavo Magnabosco na HB20, e foi o destaque do Momento Velocidade exibido neste domingo, 20h, na TV Gazeta, antes do Mesa Redonda.
“Foi muito interessante ver os Truck e o HB20 lado a lado, foi a primeira vez que fizemos isso e confesso que lá do caminhão a gente quase não enxerga o carro, que é bem mais próximo ao chão”, brincou Monteiro, que é tetracampeão entre os caminhões.
“Apesar da diferença do tamanho, elas tem muito em comum: a extrema competitividade e o prazer para o piloto em participar de um campeonato nacional tão importante”, completa Beto, que em 2021 quebrou uma barreira ao se tornar o primeiro piloto a competir na Truck e na Stock Car na mesma temporada.
Para Magnabosco, o tamanho do Truck impressiona, sobretudo “dividindo” a curva lado a lado em Interlagos. “É uma experiência inédita em minha carreira, foi muito interessante acelerar o HB20 ao lado do caminhão do Beto. Fico feliz em representar o Grupo Universal em uma categoria tão acirrada como a Copa Shell HB20”, diz o piloto de Santa Catarina.
O programa também trouxe uma reportagem especial sobre como pilotar um F1! Isso mesmo. No domingo passado, vimos um duelo incrível entre Max Verstappen e Lewis Hamilton no GP de F1 no circuito de Paul Ricard. Ver corridas nesta pista francesa faz este jornalista aqui lembrar de uma façanha incrível: o dia em que pilotei o F1 da Renault!
Em 2013, eu tive a honra de ser convidado, com todas as despesas do teste e da viagens paga pela equipe. Mas este sonho pode ser realizado por 9.800 euros. É bastante dinheiro, mas eu te garanto: vale cada centavo. O dia começa com dois treinos de 30 minutos com um Formula Renault, com o qual já superei os 200 km/h. Uma dica importante é fazer aqui no Brasil um curso de pilotagem antes de encarar o F1 na França.
Afinal, lá você só terá poucos minutos de pista e por isso você aproveita ainda mais a experiência se já tiver noções prévias de pilotagem. No meu caso, já tenho carteira de piloto por ter feito o Curso do Roberto Manzini, que aliás é super acessível e eu recomendo bastante.
Mesmo estando bem preparado, a ansiedade na hora de sair com o F1 foi enorme. Meu primeiro mérito foi não deixar o carro morrer, já que ele tinha um pedal de embreagem bem duro.
Nas primeiras curvas, fui bem tranquilo, o que num F1 é andar a uns 180 km/h….Mas havia um detalhe: se eu rodasse, minha experiência acabaria por ali. Por isso, aproveitei a segunda volta para pisar fundo, chegando a quase 270 km/h.
Parece pouco, mas o carro é acertado para pilotos inexperientes, com acelerador limitado a 90% e aerodinâmica usada em Mônaco, com bastante asa para deixar o carro mais no chão. Após a reta, a orientação era pisar forte no freios. Fiz isso até demais: os pneus travaram e fritei o dianteiro direito. Ainda bem que não era uma corrida!
Com adrenalina a mil, completei minhas 3 voltas e, quando paro o carro no box, comemorei como se tivesse ganhado um título mundial. E, pensando bem, a sensação deve ser bem parecida…