
O que já era uma esperança agora se tornou realidade: o Mundial de 2021 da F1 vai ser histórico pelo embate que repete uma saga clássica no automobilismo. A disputa entre um jovem e veloz desafiante, Max Verstappen, e um supercampeão que defende seu reinado, Lewis Hamilton.
É um enredo típico de qualquer filme hollywoodiano, a clássica jornada do herói. E quem é apaixonado por F1 já viu momentos como este na história recente da F1. Afinal, quando Lewis Hamilton tinha só um título mundial, ele desafiou os melhores do mundo até então, Sebastian Vettel (quatro títulos) e Fernando Alonso (dois títulos) para se tornar o melhor dos anos 2010. E começando a nova década estabelecendo-se como o maior de todos os tempos nas estatísticas da F1.
O próprio Alonso foi quem finalmente conseguiu parar a incrível sequência de títulos de Michael Schumacher. O duelo entre o então piloto da Renault contra o já consagrado campeão da Ferrari no GP de San Marino de 2005 foi emblemático. E vale lembrar, a vitória e o título ficaram com o jovem desafiante, Alonso (um bom sinal para Verstappen?).
E assim foi quando Schumacher começou sua trajetória de campeão. E o alemão teria feito um duelo espetacular com Ayrton Senna nos anos seguintes não fosse a tragédia de Ímola em 1994. Também foi esta a história do jovem Senna desbancando o campeão Alain Prost, que por sua vez superou o tricampeão Niki Lauda e assim sucessivamente…
Contei toda esta história para chegar ao ponto de que o GP da França foi emblemático para Verstappen. O que já prometia um duelo particular com Hamilton pelo campeonato de 2021 virou uma realidade. E com uma vantagem para o holandês: a Red Bull já conseguiu mostrar a força psicológica de incomodar a poderosa Mercedes.

A ponto de terem ousado a estratégia de duas paradas mesmo quando ela parecia a mais arriscada – e acabou se mostrando a mais eficiente.
Mas a melhor notícia para nós que gostamos de F1 é que Hamilton e sua equipe não são carta fora do baralho – ao contrário, tendem a reagir em breve. O problema é que as próximas duas etapas são no Red Bull Ring, casa do time de Verstappen e onde tradicionalmente a equipe alemã tem dificuldades de ajuste do carro.
E com o momento de crescimento de Sergio Perez na Red Bull, o momento é todo de Verstappen, que tem um companheiro de equipe que parece mais forte a ponto de ajudar na disputa do título do que Valtteri Bottas – algo que era difícil de prever no começo de 2021.
Será então que 2021 vai marcar o ano do primeiro título da história de Max Verstappen? Pode ser cedo para cravar, mas o fato é que, depois de sete anos seguidos de monotonia na disputa pelo título, a certeza é de que o fã verá um campeonato histórico neste ano.