Até que no primeiro tempo o Corinthians, com muitos desfalques, foi um tanto melhor do que o Boca, num jogo, contudo, carente de técnica mais refinada. E teve sua maior chance na cobrança de pênalti, aos 39 minutos. de Rojo sobre Mantuan. Pois não é que Roger Guedes desperdiçou essa chance singular?
A partir daí, a situação começou a ficar mais sombria para o Timão, piorando decisivamente a partir do intervalo, quando VP decidiu trocar o lateral Fagner, que vinha esmerilhando na direita, tanto na defesa quanto no ataque, em comum acordo com Adson e Mantuan, por um terceiro beque – êita maniazinha cretina essa -, Bruno Mendes.
Resultado: o Timão desmontou-se inteiramente, perdeu o meio de campo para os gringos e se não fosse Cássio, babau Libertadores. Foram cinco defesas providenciais do goleirão corintiano, por baixo.
Eis, então, que pra lá da metade do segundo período VP coloca em campo o lateral-direita João Pedro. Ué, por que não o escalou, então, no lugar de Fagner, se este teve de sair por algum incômodo físico? Seria lateral por lateral, sem mexer no esquema de jogo que vinha respondendo na medida do possível ao longo da etapa inicial.
Ah, vá entender as fórmulas mágicas desses que o saudoso Thomaz Mazzoni chamava de alquimistas (Mário Moraes preferia denominá-los químicos).
O fato é que no jogo da volta, na Bombonera, espera-se um Corinthians com a enfermaria pelo menos esvaziada, o que lhe dará maior poder de fogo diante de um Boca que, cá entre nós, não justifica nestes tempos seu glorioso passado.
Se o Timão jogar completo, sem medo, terá apenas pela frente a inchada delirante na acústica ensurdecedora da Bambonera. E só.
Só lembrando ao mestre Helena que o Corinthians, que já teve elencos bem melhores que o atual, não ganha do Boca Juniores lá na Bombonera a 60 anos, e posso garantir, sem medo de errar , não vai ser agora que vai quebrar esse tabu porque não tem time para isso, a não ser que São Cássio nesse jogo esteja novamente em seus melhores dias, garanta o zero a zero e jogo vá para os pênaltis, onde o timão terá maiores chances. Agora, se o Boca fizer o primeiro gol, poderemos dizer…”Hasta la Vista, timão !” . Ah sim, só lembrando, por muitos menos do que fez o técnico VP nessa partida, o Abel Ferreira foi duramente criticado pela imprensa ,em seu inicio no verdão, e quase foi “enxotado” do Brasil. E agora, se o Corinthians for eliminado da Libertadores, a imprensa irá passar panos para o português e seus “velhinhos e miúdos”?
O elenco é fraco, o técnico, mais fraco ainda. Desde as saídas de Jadson, Pedrinho e Rodriguinho (que já não eram lá grande coisa), nunca mais o elenco teve um sistema minimamente sólido de criação de jogadas… Querem resolver trazendo atacantes, como sempre… Na hora que pega uma equipe “com as pernas abertas”, faz até uns gols e ganha. Mas quando pega uma defesa um pouco mais organizada, não produz nada e fica esperando um gol milagroso para ganhar ou até mesmo empatar a partida. Tá en segundo no Brasileirão… Ótimo… Mas é a história do elefante em cima da árvore. Ninguém faz ideia de como ele chegou lá em cima.