Vítor Pereira? Muito prazer em conhecê-lo, embora o seja apenas por meio de seu currículo, difundido a partir do momento em que foi contratado como técnico do Corinthians, um nome desses tantos lusitanos tirados da cartola ali enfiados para sorteio pelos empresários desse mundão afora.
Currículo, como o da maioria dos nomes ventilados, que não registra nada de muito excepcional em sua breve carreira, a não ser um período mais destacado no Porto.
Sei bem que, como este velho escriba, ninguém em Itaquera, no Parque São Jorge ou vizinhanças sabe de fato quais são seus métodos de treinamento, seus conceitos mais arraigados sobre estilo de jogo e tal e cousa e lousa e maripousa.
Ninguém em terras tupiniquins sequer viu um treinamento executado por você, nem mesmo uma palestra proferida em casto idioma luso, única razão plausível para essa modinha da caça aos portugueses, febre de que nosso futebol foi tomada recentemente: o idioma, um tanto mais digerível do que o espanhol falado por argentinos e uruguaios, outras fontes de busca dos cartolas tapuias.
Espero, pois, que o amigo seja feliz e vitorioso por aqui.
Para tanto, se me permite um conselho de quem há mais de setenta anos acompanha o vaivém da bola mágica pelos campos do planeta, não mexa nesse time. Apenas procure aprimorar a presteza do toque de bola a partir do meio de campo e ajustar sempre o jogo em conjunto, sejam quais forem suas ideias ou manias.
E boa sorte, ô, pá!