O São Paulo do técnico argentino Edgardo Bauza venceu o Palmeiras por 1 a 0, neste domingo à tarde, no Morumbi, em partida válida pelo Brasileirão, mas o resultado foi injustíssimo. Pelo domínio, criação de jogadas, conclusões a gol e passes corretos poderia ter dado uma goleada histórica do tradicional rival, sem choro e nem vela. O gol isolado de Ganso, em falha bisonha do zagueiro Thiago Martins, ocorreu logo aos 11 minutos, após cruzamento certeiro de Bruno. Palmeirenses não tiveram forças para reagir e foram salvos por, pelo menos, cinco grandes defesas do goleiro Fernando Prass.

Esse Palestra do treinador Cuca lembra a seleção de Felipão na Copa de 2014, ou seja, começa a mil por hora e vai perdendo a potência devagar, como se o combustível acabasse no meio do caminho. Desta vez, a formação tática até que era diferente e interessante, com Dudu substituindo o eterno contundido Cleiton Xavier. Dessa forma, Gabriel Jesus e Roger Guedes caíram pelas pontas, com Alecsandro nas funções de marcar gols e realizar o pivô.

Esquema falhou na prática graças o apoio cauteloso de Matheus Reis e Bruno, os dois laterais. Além disso, Wesley de posicionou à frente de Lugano e Maicon, cortando os espaços para o adversário criar ou usar de velocidade. Como o gol tricolor saiu bem no início, os nervos alviverdes foram ficando à flor da pele, enquanto que os jogadores são-paulinos se sentiram à vontade. Ganso desfilou no gramado. Saiu da marcação e foi peça central para a grande vitória, ao lado de Kelvin, um “foguete” na cabeça do velho e bom Zé Roberto, sem pernas e nem idade para acompanhá-lo.

Na bola aérea, então, deu pena da zaga esmeraldina. Maicon de cabeça obrigou Prass a fazer milagres. De fora da área, Kelvin, Thiago Mendes, Ganso de novo, Centurion e até o recém chegado Ytalo (veio do Audax) ameaçaram demais. Sem ataque, meio-campo e com a zaga agindo como uma peneira furada, aos palestrinos placar de 1 a 0 apenas saiu barato.

Destaques negativos para uma contusão preocupante do goleiro Denis (levou um chute na cabeça dado involuntariamente por Alecsandro, daí mais 8 minutos de desconto) e um bate boca feio entre Maicon e Rogério, o Neymar do Sertão, que foi egoísta no último lance da partida. Tentou o gol quando poderia ter servido três companheiros livres de marcação. Maicon partiu para cima de Rogério e acabou contido pelos companheiros. Falou mais alto a raça contra a falta de vergonha na cara.

E tenho dito!