Willian Pottker, atacante do Linense, teve um dia de “Harry Potter”, personagem de uma famosa saga do cinema, contando a história de um menino mágico e a eterna luta entre o Bem e o Mal. O “Potter” brasileiro, aliás, Pottker, detonou sozinho os reservas do Palmeiras na tarde de sábado, no Allianz Parque, na virada histórica por 2 a 1. O gol palmeirense saiu dos pés de Alecsandro, de pênalti, em lance duvidoso aqui entre nós. Os mais de 20 mil torcedores presentes vaiaram, xingaram e cobraram bastante, principalmente do técnico Marcelo Oliveira, que não acerta o padrão de jogo da equipe de jeito nenhum no começo desta temporada.

Titulares mesmo apenas o goleiro Prass e o zagueiro Vitor Hugo. No entanto, tal fato em si não justifica o fracasso. Bons jogadores estiveram em campo, tais como Erik, Mateus Sales, Allione, Cristaldo, Rafael Marques e Egídio. A equipe tinha obrigação de mostrar mais entrosamento (já atua há um ano junta praticamente) e quem foi contratado poderia se empenhar em dobro, afinal perder em casa, às véspera da estreia na Libertadores, é um péssimo resultado e levanta um caminhão de dúvidas.

A primeira delas: Marcelo Oliveira sabe administrar vaidades? A segunda, seria ele bom de vestiário (isto é, tem ou não o grupo na mão)? Onde está o famoso “padrão de jogo”, fator sobrando nos outros grandes paulistas como Corinthians (Tite), Santos (Dorival) e até no São Paulo (com o retranqueiro Edgardo Bauza)? Os contratados, ditos reforços, são de segunda classe ou vieram para fazerem sombra para os titulares e somar glórias para o clube?

Desconfiados (palmeirenses ou não), agora é torcer para o velho adágio do futebol representar a realidade: Paulistão é Paulistão, Libertadores é Libertadores. Será que em torneio mata-mata o Verdão pega no tranco?

E assim caminham as dúvidas, o mágico Pottker e a mediocridade…